«Terceiro Andar» de Luciana Fina

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«Na kal lingu ke n na skirbi ña diklarasons di amor?» (Odete Semedo). Em que língua vamos contar as histórias que nos foram contadas? Em que língua escrever uma declaração de amor
«Lisboa, Bairro das Colónias, terceiro andar. Transmitindo e traduzindo o cruzar sensível de diversos universos, Fatumata e Aissato dialogam sobre o amor e a construção da felicidade. Narrativas e línguas adquiridas em etapas da vida e lugares distintos foram determinando os seus sentimentos. Pelas 19 horas, do terceiro até ao meu quinto andar, ressoa pelo prédio um som regular, sempre igual, como o bater do coração.» (Luciana Fina)
 

«Um prédio no Bairro das Colónias em Lisboa, uma mãe e uma filha, as raízes aéreas de uma planta tropical que, do piso superior, atravessam o vão das escadas do edifício. As raízes são a malha vertical que, coadjuvada pela horizontalidade dos dois ecrãs de Luciana Fina, tece uma preciosa narrativa que conta de gerações, culturas, línguas, de relações e de afectos. Fatumata e Aissato são a mãe e a filha mais velha de uma família numerosa originária da Guiné-Bissau. Fatumata e Aissato falam, dialogam; a filha traduz a língua da mãe e ao traduzir, interpreta discursos de amor e felicidade. As raízes do quinto andar onde vive Luciana descem ao terceiro andar de Fatumata e Aissato, invadem o espaço de exposição e espalham-se como rizomas, encontrando correspondências e ligações que atravessam todo o festival.» (Davide Oberto)

Curadoria: Cintia Gil e Davide Oberto

 

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