Regards d’Élèves sur Lisbonne

A exposição «Regards d'Élèves sur Lisbonne» esteve patente no Centre Culturel Calouste Gulbenkian, em Paris, de 15 de maio a 15 de junho de 1995, e apresentou um conjunto de trabalhos premiados no âmbito do concurso «Lisbonne Capital Européenne de la Culture 1994».

Promovido pelo Ministério da Educação de França, com o apoio da ADEPBA – Association pour le Développement des Études Portugaises, Brésiliennes, d'Asie et d'Afrique Lusophones e do Centre Culturel Calouste Gulbenkian, o concurso «Lisbonne Capital Européenne de la Culture 1994» teve como objetivo premiar grupos ou turmas escolares que realizassem e submetessem trabalhos, sob diferentes formas de expressão artística (produção escrita, visual, plástica e vídeo), subordinados ao tema «Lisboa 94 – Capital Europeia da Cultura».

Além de poderem expor os seus trabalhos na Fundação Calouste Gulbenkian, os vencedores deste concurso ganharam uma viagem a Lisboa, de 23 a 27 de maio de 1995, que lhes permitiu melhorar os conhecimentos sobre a capital e a língua portuguesas. Foram premiadas as turmas de quatro instituições de ensino: École George Sand, de Bully-les-Mines (Académie de Lille); Collège Pasteur, de Strasbourg; Collège Claude Debussy, de Nantes; Lycée International de Saint-Germain-en-Laye (Académie de Versailles). Na véspera da partida, a 22 de maio de 1995, o Centre Culturel Calouste Gulbenkian ofereceu uma receção no edifício da Avenue d'Iéna ao grupo de alunos premiados.

Como agradecimento pelo apoio da Fundação Calouste Gulbenkian nesta viagem, os alunos do Collège Pasteur dirigiram uma carta a Maria de Lourdes Belchior, diretora do Centre Culturel Calouste Gulbenkian, com descrições daquilo que mais gostaram de ver em Lisboa, como a Torre de Belém, o rio Tejo e o Castelo de São Jorge.

Os trabalhos apresentados refletiam a felicidade que os alunos sentiram com a sua viagem a Lisboa, visível em trabalhos como a produção de uma canção, pela escola de Strasbourg, e a reprodução de um painel de azulejos da escola de Nantes.

Apesar de haver consciência do diminuto valor comercial das obras expostas, o Centre Culturel Calouste Gulbenkian quis que fosse feito um inventário destas, respeitando a estima que os alunos e os professores tinham nos seus trabalhos.

Carolina Gouveia Matias, 2019