Aimée Zito Lema. 13 Shots

Programa «Espaço Projeto»

Exposição individual da artista, integrada no projeto «4Cs: From Conflict to Conviviality through Creativity and Culture», numa parceria com a Universidade Católica Portuguesa. Através de um trabalho de pesquisa sobre as memórias do 25 de Abril e o arquivo fotográfico do ACARTE, a mostra explorou as várias dimensões da memória individual, social e política.
Solo show by the artist as part of the “4Cs: From Conflict to Conviviality through Creativity and Culture” project, in partnership with Universidade Católica Portuguesa. Drawing on a research project on memories of the 25 April revolution and the ACARTE photographic archive, the exhibition explored the various dimensions of individual, social and political memory.

Aimée Zito Lema (1982) nasceu em Amesterdão, onde vive e trabalha atualmente. Filha de um refugiado político argentino que se exilou na Holanda, a artista visual distingue-se como autora de uma obra multimédia que inclui fotografia, vídeo, instalações escultóricas e performance. Estudou na Universidade de Belas-Artes de Buenos Aires (UNA), na Gerrit Rietveld Academie, em Amesterdão, e na Royal Academy of Arts, em Haia, onde concluiu um mestrado em Investigação Artística. Em 2015-2016 foi artista-residente na Rijksakademie van Beeldende Kunsten, em Amesterdão. Expôs em diversos espaços e no contexto de diferentes programações, entre os quais se destacam: Casco (Utrecht, 2014), Centre Pompidou (Paris, 2016), Kunst Museum Bonn (Alemanha, 2016), 11th Gwangju Biennial (Coreia do Sul, 2016), MACBA (Barcelona, 2017), Kunsthall Trondheim (Noruega, 2017), Looiersgracht 60 (Amesterdão, 2017), De Apple (Amesterdão, 2018), Eye Filmmuseum (Amesterdão, 2019), entre outros.

Como artista, Zito Lema analisa os conceitos de memória, passado e futuro. A sua obra foca-se nas dinâmicas entre a memória individual, a memória coletiva, a memória social e o corpo como agente de resistência, e procura compreender eventos históricos de grande amplitude e significado para a história recente. A sua investigação parte frequentemente do entendimento da memória como um depósito de «histórias, imagens, lacunas e silêncios que se reproduzem, preenchem e reimaginam coletivamente» (Aimée Zito Lema. 13 Shots, 2018, [p. 8]). De acordo com Ana Cachola, Daniela Agostinho e Luísa Santos, as curadoras da exposição, a prática de Zito Lema pode resumir-se a um território de experimentação que se define pela constelação memória-corpo-arquivo (Ibid., [p. 2]).

O projeto apresentado em «13 Shots» teve origem numa residência artística na Rua das Gaivotas 6, em Lisboa. Durante a residência, Aimée colaborou com dois grupos de teatro da Área Metropolitana de Lisboa: o grupo de teatro da Escola Secundária D. Filipa de Lencastre e o Grupo de Teatro do Oprimido (GTO), realizando uma pesquisa sobre as várias camadas de construção da memória, a partir de narrativas pessoais e das formas de registo e transmissão vernacular e intergeracional do 25 de Abril de 1974. Se a colaboração entre Aimée e o primeiro desses dois grupos trabalhou a voz, com o segundo grupo a colaboração tomou a forma de uma cocriação de exercícios performativos, informada por duas fontes de natureza distinta: por um lado, a «história material», exemplar de uma prática estética concretizada nas fotografias e imagens do arquivo fotográfico do serviço ACARTE (Cachola; Agostinho; Santos, Contemporânea, ed. 06, 2018); por outro, o corpo humano, reflexo de uma prática social enquanto «repositório mnemónico» de conhecimento acumulado (Aimée Zito Lema. 13 Shots, 2018, [p. 7]). Como noutras obras da artista, o pensamento e o processo adotados revelaram-se iminentemente performativos, permitindo que as dimensões material e humana se confundissem e interagissem de modo crítico.

Para as curadoras, o objetivo do projeto de Zito Lema não se prendia com tentativas de tradução do passado, ou de resolução do presente, mas sim com uma vontade de descortinar e «tornar visível a complexidade dos processos de transmissão de memória, que se materializa em diversos suportes e gestos, ora de conflito, ora de convivialidade» (Fundação Calouste Gulbenkian, CAM – Centro de Arte Moderna \ Agenda: 13 Shots, 2018). Este é, sem dúvida, um dos aspetos que motivam a obra da artista, e que terá favorecido a sua escolha para integrar o projeto «4Cs: From Conflict to Conviviality through Creativity and Culture».

A mostra «Aimée Zito Lema. 13 Shots», realizada no Ano Europeu do Património Cultural (2018), foi um dos oito capítulos da exposição criada no contexto do projeto «4Cs», com a coordenação da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e o cofinanciamento do programa Europa Criativa da União Europeia. O projeto «4Cs» pretendia explorar as formas pelas quais a educação nas artes e na cultura pode constituir-se como recurso na abordagem de conflitos e no vislumbre de maneiras criativas de lidar com fenómenos conflituosos, ao mesmo tempo que contribui para o desenvolvimento do público por meio da participação ativa e da coprodução (4Cs: From Conflict to Conviviality through Creativity and Culture \ Project).

Além da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e da Faculdade de Ciências Humanas da UCP, o projeto envolvia oito outras instituições artísticas e culturais, designadamente: SAVVY Contemporary (Berlim), Royal College of Art (Londres), Fundació Antoni Tàpies (Barcelona), Nida Art Colony (Vilnius), Museet for Samtidskunst (Roskilde, Dinamarca), École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs (Paris), PSL – Research University in Paris (Paris) e Tensta Konsthall (Estocolmo). Com sede em Portugal, «4Cs: From Conflict to Conviviality through Creativity and Culture» contava com parcerias locais em cada um dos países participantes, o que permitia maior viabilidade do projeto.

Inserida neste contexto, a execução de «Aimée Zito Lema. 13 Shots» resultou da cooperação entre as equipas da UCP e do Museu Calouste Gulbenkian, bem como do apoio direto do Grupo de Teatro da Escola Secundária D. Filipa de Lencastre e do Grupo de Teatro do Oprimido (GTO). Para a realização da exposição, celebrou-se um acordo protocolar entre a FCG, a UCP e a artista. Enquanto a FCG se comprometia a assegurar as despesas relacionadas com a produção do catálogo e com a manutenção do espaço da exposição, como a pintura e a segurança da sala, ficavam a cargo da UCP os custos com a produção e promoção da obra encomendada, incluindo honorários e viagens da artista para Lisboa, materiais de construção, materiais promocionais, seguros trabalhos, aluguer de equipamentos e despesas associadas à inauguração (Protocolo, 27 abr. 2018, Arquivos Gulbenkian, [cota brevemente disponível]).

Desde o início, o projeto artístico focou-se na transmissão da memória do 25 de Abril e no modo como nos relacionamos afetivamente com imagens do passado. Estes dois pontos foram cruzados nos exercícios cocriados pela artista e pelos grupos em questão, através de uma abertura experimental a todas as possibilidades de envolvimento dos participantes com a temática: envolvimento físico, gestual e vocal (Aimée Zito Lema. 13 Shots, 2018, [p. 3]). No âmbito de um workshop na Escola Secundária D. Filipa de Lencastre, a artista incitou os adolescentes a questionarem os seus familiares próximos sobre as memórias que guardavam do 25 de Abril de 1974, e a encenarem essas mesmas memórias junto da família (Cachola; Agostinho; Santos, Contemporânea, ed. 06, 2018).

Paralelamente, Zito Lema desenvolveu uma investigação nos arquivos do antigo Serviço de Animação, Criação Artística e Educação pela Arte da Fundação Calouste Gulbenkian (1984-2002), o ACARTE, que em tempos fora o departamento responsável pela programação cultural e artística, sobretudo de caráter performativo, nos espaços não expositivos do Centro de Arte Moderna. O contacto com as imagens de espetáculos que aconteceram na Sala Polivalente ao longo de quase vinte anos surpreendeu a artista, que acabou por fotografar estas imagens dos arquivos e imprimi-las em grande formato, com o objetivo de as apresentar ao GTO. Através de um workshop com o grupo, que ocorreu nessa mesma sala, os participantes, interpelados pelas fotografias ampliadas, foram incitados a descrever o seu conteúdo, «a fazer-lhes perguntas, a ensaiar respostas e a imaginar situações, pessoas e espaços retratados» (Aimée Zito Lema. 13 Shots, 2018, [pp. 3-5]).

Assente na possibilidade de fabulação das imagens e na criação de narrativas que as explicassem, o exercício convidava a que cada um se retirasse de si mesmo e se reposicionasse num outro lugar, na tentativa de encarnação das memórias dos outros. A incorporação destas memórias, até então relativamente desconhecidas, alheias e distantes a cada um dos participantes, cumpria-se de forma literal e objetiva, num ato levado ao extremo: o ato de vestir as imagens. Tornadas matéria, agora tecida à medida do corpo, imagens e memórias eram vestidas, experimentadas, trocadas, reimaginadas e revividas coletivamente.

O exercício ensaiaria uma outra relação com o arquivo, na qual o corpo, consciente das suas capacidades e hiatos, se revelava, ele próprio, um arquivo. Através da exploração das memórias contidas em potência no arquivo fotográfico do ACARTE, o espaço da Sala Polivalente era reativado pelo processo de criação da exposição (Ibid., [pp. 5-6]).

Registado de forma fílmica e fotográfica, o workshop, que ocorreu a 4 de março de 2018, viria a constituir a principal matéria visual apresentada em «13 Shots», e projetada em três ecrãs na sala do Espaço Projeto. No dia da inauguração (28-06-2018), o exercício era apresentado ao público como uma performance na Sala Polivalente. Realizado sobre um palco, o ato de se relacionarem com cada imagem, de vesti-la e despi-la, era filmado em direto e projetado no grande ecrã, voltado para os participantes e para o público, sentado na plateia.

Aimée dá conta desta relação entre corpo, arquivo e imagem na escolha do título para a exposição: «13 Shots», inspirado no conto «Mineirinho» da escritora Clarice Lispector (1920-1977) (Ibid., [p. 2]). Como tantos outros eventos semelhantes que continuam a chocar o mundo – veja-se Marielle Franco (1979-2018), Breonna Taylor (1994-2020), George Floyd (1973-2020) –, o assassínio de Mineirinho (1934-1962) com 13 tiros («shots») foi mais um caso da brutalidade exercida pelas forças policiais, ignorando os habituais procedimentos técnicos e as regras de responsabilidade legal, humana e ética.

No empréstimo da expressão de Lispector, Aimée elege a realidade da violência necropolítica como tema. «Shot» pode significar tiro, ou plano de imagem – uma dupla possibilidade semântica serviu de inspiração à montagem da videoinstalação composta por 13 planos. Ao longo do vídeo, ensaia-se «uma proximidade com a experiência filmada» que as curadoras declaram como «negociada», por estar «necessariamente mediada pelo plano de representação» (Ibid.). Esta dualidade semântica permite «pensar as imagens como dispositivos de violência». De facto, quando editadas ou manipuladas, as imagens podem conter violência ou escondê-la, representá-la ou ocultá-la. Nesse sentido, o trabalho de Aimée fala também da necessidade de aprofundar e subverter o plano da visualidade através da memória somática, da possibilidade de conhecimento oferecida pelo corpo, pelos gestos e pelas vozes (Ibid.).

O projeto reuniu trabalhos em escultura e em vídeo, nos quais o corpo humano e as estruturas materiais funcionavam como veículos, evocadores de memórias sociais, políticas e genéticas, bem como do próprio espaço arquitetónico que a exposição ocupou (Cachola; Agostinho; Santos, Contemporânea, ed. 06, 2018). Para as curadoras, os elementos e soluções expositivas, tornaram visível a performatividade do arquivo. Se, por um lado, as estruturas metálicas que enquadravam os vídeos e serviam de matéria à escultura, e às quais se acoplaram pontualmente lâmpadas, por exemplo, evocavam palcos ou lugares de performance; por outro, as serigrafias exibidas na sala do Espaço Projeto resultavam não só da pesquisa arquivística de Aimée nos arquivos ACARTE, como do trabalho de criação e ação performativas sobre esse mesmo arquivo (Aimée Zito Lema. 13 Shots, 2018, [p. 7]). Nestas serigrafias, as imagens do passado encontram-se em estado de latência; nunca são nem totalmente reveladas, nem totalmente invisíveis (Cachola; Agostinho; Santos, Contemporânea, ed. 06, 2018).

Ao longo de 77 dias, a exposição atraiu cerca de 10 400 visitantes, um número que confirma o interesse significativo por parte do público. Foram organizadas duas visitas guiadas, orientadas pelas curadoras – Ana Cachola, Daniela Agostinho e Luísa Santos – e pela própria artista, e uma mesa-redonda, na qual Isabel Capeloa Gil e Filipa Oliveira participaram como oradoras. A mesa-redonda serviu ainda de apoio para o lançamento de um catálogo com textos apresentados na conferência com o mesmo título, «Convivialidade e o Institucional», que ocorrera em dezembro de 2017 no MAAT. A publicação abordava «um conjunto de práticas institucionais com comunidades locais em conflitos de várias ordens», e contava com os contributos de Pedro Calado, Ilya Budraitskis, Jonas Staal, Katerina Gregos, Ariel Caine, Nina Power, Michaela Crimmin, João Ribas e Miguel Amado, e com um ensaio visual de Aimée Zito Lema, com texto de Ana Cristina Cachola, Daniela Agostinho e Luísa Santos (Fundação Calouste Gulbenkian. Museu Calouste Gulbenkian \ Agenda: Convivialidade e o Institucional, 2018).

A exposição teve uma repercussão discreta nos meios de comunicação social. Destaque para os artigos «Migrações, memória e azulejos», de Joana Amaral Cardoso, cujo texto aborda igualmente a mostra de Praneet Soi (Cardoso, Público, 22 jun. 2018), e «Multiculturalidade de Soi e de Zito na Gulbenkian» (Diário de Notícias, 22 jun. 2018), e para duas reportagens televisivas: na RTP (As Horas Extraordinárias, 25 jun. 2018) e na SIC Notícias (Cartaz, 3 jul. 2018), com entrevistas à artista.

Além das várias referências online a partir do take da Lusa, que, na imprensa internacional, se estenderam ao Wall Street International e à e-flux, são ainda de notar os destaques no JL. Jornal de Letras, Artes e Ideias (20 jun. 2018) e na revista Time Out (27 jun. 2018). Na imprensa especializada destaca-se «Ensaio visual: Aimée Zito Lema», na revista Contemporânea (ed. 06, 2018), um texto escrito em conjunto pelas curadoras da exposição, cuja publicação antecedeu a própria inauguração.

Madalena Dornellas Galvão, 2022


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Eventos Paralelos

Oficina / Workshop

Workshop Coleção Moderna

4 mar 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna – Sala Polivalente
Lisboa, Portugal
Performance

Walk-in Performance

28 jun 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna – Sala Polivalente
Lisboa, Portugal
Visita(s) guiada(s)

À Conversa com as Curadoras Ana Cachola, Daniela Agostinho, Luísa Santos e com a Artista Aimée Zito Lema

29 jun 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna – Espaço Projeto
Lisboa, Portugal
10 set 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna – Espaço Projeto
Lisboa, Portugal
Mesa-redonda / Debate / Conversa

Convivialidade e o Institucional [Lançamento de Publicação e Mesa-Redonda]

10 set 2018
Fundação Calouste Gulbenkian / Museu Calouste Gulbenkian – Galeria de Exposições Temporárias
Lisboa, Portugal

Publicações


Material Gráfico


Fotografias

Walk-in Performance de  Aimée Zito Lima, com a participação do Grupo de Teatro do Oprimido de Lisboa, Centro de Arte Moderna, 28 jun 2018
Walk-in Performance de  Aimée Zito Lima, com a participação do Grupo de Teatro do Oprimido de Lisboa, Centro de Arte Moderna, 28 jun 2018
Walk-in Performance de  Aimée Zito Lima, com a participação do Grupo de Teatro do Oprimido de Lisboa, Centro de Arte Moderna, 28 jun 2018
«Walk-in Performance», no âmbito da exposição «Aimée Zito Lema. 13 Shots»
«Walk-in Performance», no âmbito da exposição «Aimée Zito Lema. 13 Shots»
«Walk-in Performance», no âmbito da exposição «Aimée Zito Lema. 13 Shots»
«Walk-in Performance», no âmbito da exposição «Aimée Zito Lema. 13 Shots»
«Walk-in Performance», no âmbito da exposição «Aimée Zito Lema. 13 Shots»
«Walk-in Performance», no âmbito da exposição «Aimée Zito Lema. 13 Shots»
«Walk-in Performance», no âmbito da exposição «Aimée Zito Lema. 13 Shots»
Teresa Gouveia (ao centro), Rita Fabiana (à dir.)

Multimédia


Documentação


Periódicos


Páginas Web


Fontes Arquivísticas

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa

Conjunto de documentos referentes à exposição. Contém materiais gráficos, caderno de exposição e press book. 2017 – 2018

Arquivos Gulbenkian (Museu Calouste Gulbenkian), Lisboa / MCG 04713

Documentação relativa à programação de exposições do Museu Calouste Gulbenkian para 5 anos (2017 – 2021). Contém troca de e-mails entre a direção do Museu Calouste Gulbenkian e a equipa (curadores e coordenadores de projeto). 2016 – 2016

Arquivos Gulbenkian (Museu Calouste Gulbenkian), Lisboa / MCG 04822

Pasta com documentação referente à programação das atividades da FCG para os anos de 2017 a 2019. Contém correspondência interna e externa. 2016 – 2017

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 70017

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG, Lisboa) 2018

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 70538

Coleção fotográfica, cor: aspetos (FCG, Lisboa) 2018


Exposições Relacionadas

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