Justiça intergeracional
Falar sobre justiça intergeracional pode ser algo complexo e ambicioso: por um lado, porque se abrangem também os direitos de pessoas que ainda não nasceram e que, por isso, ainda não têm voz; por outro lado, porque se tenta contrariar o imediatismo típico de muitas das políticas públicas.
O que é a justiça entre gerações?
O primeiro passo nesta questão pressupõe uma discussão sobre as diferentes perspetivas e posições éticas quanto à identificação de quais os bens, recursos, instituições e valores essenciais que cumpre proteger, de maneira a possibilitar a sua transmissão às gerações seguintes, de forma a oferecer-lhes condições adequadas de desenvolvimento humano.
“Desafios sobre Justiça Intergeracional”, baseado no trabalho de Axel Gosseries, Professor na Universidade Católica de Louvain.
O que é uma geração?
Pensar em Justiça Intergeracional pressupõe saber o que é uma geração. A ideia de geração pode ser entendida à luz de dois conceitos distintos: geração como grupo etário ou geração como grupo de pessoas nascidas num determinado ano ou período de tempo.
“Desafios sobre Justiça Intergeracional”, baseado no trabalho de Axel Gosseries, Professor na Universidade Católica de Louvain.
Porquê pensar nas gerações de amanhã?
As Constituições Japonesa, Norueguesa e Boliviana garantem explicitamente direitos às gerações futuras. Por que razão faz sentido reconhecer deveres e responsabilidades em relação a pessoas que (ainda) não existem?
Todos os seres humanos – no passado, presente, ou futuro – merecem que a sua dignidade seja protegida e respeitada. Por outras palavras, o princípio de igual dignidade dos seres humanos deve aplicar-se não apenas aos homens e mulheres que vivem hoje, mas também aos que virão a existir.
“Desafios sobre Justiça Intergeracional”, baseado no trabalho de Axel Gosseries, Professor na Universidade Católica de Louvain.