Ao utilizar, com extrema sensibilidade, a cor

«Ao utilizar, com extrema sensibilidade, a cor e a matéria, ora diluída e transparente, ora espessa e opaca, a pintura actual de António Dacosta evoca Bonnard e Matisse, no gozo sensual da textura, no recorte de silhuetas e na nitidez do contraste cromático (vermelho-verde, rosa-negro, ocre alaranjado-azul, laranja-violeta), como em “Mulher com uma bandeira”, “O fio e a agulha”, “Mulher nua com um pássaro”, “Chuva de oiro”, e “Tentação de Santo António”. Outras vezes, a vibração da mancha é obscurecida num cromatismo de tons próximos (cinzentos, azulados, esverdeados, violáceos e acastanhados), como em “Cisne”, “Presságio” e “Teorema”. Há um maior grau de intimismo no pequeno formato da pintura acrílica sobre papel, cartão, tela e madeira, da série “Fonte de Sintra”.

Para António Dacosta, a pintura está-lhe no sangue, nos nervos, na memória, na sua percepção muito apurada da cor, da matéria e da forma, na imagética pessoal que esta experiência envolve.»

(GONÇALVES, 1984, p. 8)


Bibliografia


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