António Sena (1941–2024)
Apesar de ter iniciado a sua formação académica no Instituto Técnico Superior Técnico e na Faculdade de Ciências de Lisboa, é na Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses que começa a sua formação artística em gravura. A Coleção do CAM conta com 27 obras de António Sena, entre gravura, desenho e pintura.
Há vários elementos que são típicos da obra de António Sena, como letras, números e símbolos matemáticos e geométricos. Ao longo das décadas, vai introduzindo outras figuras na sua prática artística, como a caligrafia, a luz e cor, mantendo no entanto o papel como o seu meio de expressão principal.
Neste seu percurso artístico irá encontrar-se por diversas vezes com a Fundação Gulbenkian. Entre 1965 e 1966, irá estudar na St. Martin’s School of Art em Londres com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1990 realiza uma exposição no edifício Sede da Fundação, António Sena. Obras sobre Papel, comissariada pelo crítico de arte António Rodrigues, que reunia quase 200 trabalhos inéditos de pintura e de desenho, realizados a partir de 1964.
António Sena regressaria à Fundação, desta feita ao CAM, em 2002 para uma importante exposição dedicada à sua pintura. Com curadoria de Jorge Molder e de Leonor Nazaré, António Sena. Pintura juntou cerca de 35 trabalhos realizados entre 1990 e 2002, tendo sido incorporadas na Coleção do CAM duas das pinturas expostas.
Ainda em maio de 1986, José-Augusto França diretor do Centre Culturel Portugais (CCP), sede da delegação da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris e antiga residência de Calouste Sarkis Gulbenkian, incluída no ciclo L’Artiste du Mois uma exposição individual dedicada ao artista António Sena.
Foi distinguido com diversos prémios, entre os quais se destacam o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, em 2011 e o Prémio EDP de Desenho, EDP – Arte, em 2002.
Imagem principal: António Sena, Pintura, 1972. CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian, inv. 83P441.