- França, 1874
- Óleo sobre tela
- Inv. 185
- Assinada e datada: Corot. 1874.
Ville d’Avray – O Caminho da Estação
A pintura representa a estrada que conduzia à estação de caminho de ferro de Ville d’Avray, povoação onde Corot passou regularmente largas temporadas ao longo da sua vida, numa casa adquirida pelos seus pais em 1817. A pequena localidade, situada a oeste de Paris, constitui um dos grandes motivos de inspiração do pintor até ao final da sua carreira, tal como se conclui pela data tardia desta tela, executada um ano antes da sua morte.
A produção de Corot em Ville d’Avray está intimamente associada à pintura de ar livre e à observação escrupulosa da natureza, embora esboços iniciados a partir do motivo tenham sido objeto, frequentemente, de finalização em estúdio, com recurso ao auxílio da memória ou da imaginação. Esta representação manifesta uma espontaneidade de pincelada que aponta para um trabalho executado a partir da realidade, sendo provável que a distribuição das figuras se possa dever a uma necessidade posterior de organização da composição. A folhagem das árvores, executada através de pinceladas fugidias, a sugerir um efeito de estremecimento, é um exemplo do estilo singular do artista.
Vendida por Corot a Cléophas; Dr. Verdier. Adquirida por Calouste Gulbenkian, por intermédio de Agnew & Sons, na venda E. H. Cuthbertson, Christie's, Londres, 21 de maio de 1909 (lote 67).
A. 65 cm; L. 50,5 cm
Robaut e Moreau-Nélaton 1905
Alfred Robaut e Étienne Moreau Nélaton, L’Oeuvre de Corot. Catalogue Raisonné et Illustré. Paris: H. Floury, 1905, vol. III, pp. 306-307, n.º 2175.
Washington D. C. 1950
European Paintings from the Gulbenkian Collection, catálogo da exposição. Washington D. C.: National Gallery of Art, 1950, pp. 24-25, n.º 7.
Sampaio 2009
Luísa Sampaio, Pintura no Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa/Milão: Museu Calouste Gulbenkian/Skira, 2009, pp. 172-173, n.º 175.