Sabemos pela inscrição no cinto e na faixa vertical do saiote que este fragmento de uma estátua masculina em atitude de marcha, certamente destinada a um templo, representava o rei Padibastet, primeiro faraó da XXIII dinastia.

Para além da inscrição hieroglífica, a requintada incrustação em ouro e cobre desenvolve um padrão de penas que confere a esta obra a riqueza característica dos bronzes do terceiro período intermediário (1070-712 a. C.), época de grande pujança política e correspondente confiança artística.

A decoração do saiote inclui, ainda, uma cabeça de pantera e um friso de uraeus, simbolizando o poder real daquele que foi escolhido e amado por Amon, filho de Bastet, «rei do Alto e Baixo Egito, senhor das duas terras», conforme é expresso na inscrição.