- França, c. 1900-1902
- Ouro, esmalte, marfim e opala
- Inv. 1188
Pendente «O rapto de Dejanira»
Para a realização desta joia, René Lalique, inspirou-se no tema da mitologia grega do rapto de Dejanira pelo centauro Nesso. A figura da heroína guerreira, mulher de Hércules, famosa pela sua grande beleza, é, tal como o seu raptor, executada em marfim, numa composição escultórica bem demonstrativa da mestria técnica do artista.
Este pendente de consideráveis dimensões apresenta ainda como suporte do grupo escultórico em marfim, uma composição de algas em ouro esmaltado de tons esverdeados, de onde pende uma opala oblonga de forma trapezoidal. A opala, pedra semipreciosa a que se associavam poderes malévolos, sobretudo após a publicação em 1829 de um romance de Sir Walter Scott, onde o autor lhe atribui essas características, será reabilitada por Lalique, tornando-se mesmo uma das suas pedras favoritas. O fio de suspensão da joia é composto por uma sequência de barrinhas de ouro esmaltadas a verde, ligadas por pequenas argolas também em ouro.
Adquirida por Calouste Gulbenkian a René Lalique, 1903.
A. (total) 14,7 cm; L. 7,5 cm
Ferreira 1999
Maria Teresa Gomes Ferreira, Lalique. Jóias. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1999, pp. 182-183, cat. 43.
Lisboa 2011
Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2011, p. 196, cat. 175.