• Paris, 1780
  • Mármore 
  • Inv. 1390

Diana

Jean-Antoine Houdon

Obra-prima da escultura francesa do século XVIII, Houdon conferiu a esta deusa um tratamento original, apresentando-a nua e em movimento de corrida, em contraste com a Diana estática e idealizada dos seus antecessores, vestida de túnica como símbolo de virgindade.

Para além dos atributos habituais da deusa Diana – o arco, as flechas e a lua em fase de quarto minguante na cabeça – nesta versão em mármore, por exigência técnica, devido ao peso excessivo do material, Houdon foi obrigado a criar pontos de apoio: um tufo de plantas aquáticas na base e uma aljava para consolidar o braço esquerdo.

Exemplar único em mármore, pertenceu a Catarina II da Rússia, tendo estado exposto no Museu do Ermitage. A sua popularidade advém-lhe de um conjunto de fatores, incluindo o do escândalo causado na época pela sua nudez integral, considerada excessiva e inconveniente.

Coleção de Catarina II da Rússia, Galeria do Ermitage, São Petersburgo, 1784. Adquirida por Calouste Gulbenkian por intermédio do seu representante, Paris, junho de 1930.

A. 210 cm; L. 98 cm; Prof. 115 cm 

Figueiredo 1992

Maria Rosa Figueiredo, A Escultura Francesa. Catálogo de Escultura Europeia, vol. I. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1992, pp. 88-95.

Goffen 1995

Rona Goffen (ed.), Museums Discovered. The Calouste Gulbenkian Museum. Fort Lauderdale, Florida: Woodbine Books, 1995, pp. 104-105.

Lisboa 2001

Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2001, p. 146, cat. 122.

Atualização em 09 junho 2022

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