Após a instalação da fábrica de Wingen-sur-Moder, na Alsácia, em 1922, e movido pela ideia de «arte social», preconizada pelo crítico Roger Marx, Lalique diversificou e desenvolveu a sua produção vidreira, orientada a partir de então para a realização de objetos destinados ao consumo alargado e à utilização sistemática da aplicação do vidro na arquitetura e no design.
A exposição, a primeira inteiramente dedicada a René Lalique na Fundação Calouste Gulbenkian desde 1988, reúne cerca de uma centena de obras - entre joias, vasos, revestimentos decorativos, objetos de uso quotidiano –, e revela de que forma a procura da transparência esteve sempre presente na produção do artista.
Para este projeto, o Museu Calouste Gulbenkian conta com a colaboração excecional do Musée Lalique, Wingen-sur-Moder, e com objetos provenientes de algumas das mais importantes coleções particulares do mundo. Estas peças ilustram, sobretudo, etapas fundamentais da carreira do artista na transição para a realização de objetos produzidos em escala industrial no período Art Déco.