Ida e Volta. Ficção e Realidade

Exposição coletiva de 11 artistas internacionais, que refletiu sobre a transição do ficcional para o documentário, apresentando instalações vídeo e cinematográficas. A mostra foi comissariada por Christine van Assche e o projeto cenográfico ficou a cargo de Didier Fiúza Faustino.
Collective exhibition of 11 international artists presenting a reflection on the transition from the fictional to the documentary, with a display of video and cinematographic installations. Curated by Christine Vas Assche with scenography by Didier Fiuza, the initiative proved highly successful, illustrated by the large number of visitors which attended the show.

Mostra de instalações vídeo ou cinematográficas de 11 artistas internacionais, fruto da iniciativa conjunta do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAMJAP) e do Serviço de Belas-Artes (SBA) da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG).

No início do ano de 2007, Jorge Molder, então diretor do CAMJAP, estabeleceu os primeiros contactos com Christine van Assche, diretora do Departamento de Novos Media do Centre Georges Pompidou, propondo-lhe o comissariado de uma exposição coletiva de artistas com trabalhos em novos media, a realizar no final desse ano no CAMJAP, iniciativa que mereceu o bom acolhimento da diretora.

Para os diretores do CAMJAP e do SBA, respetivamente Jorge Molder e Manuel Costa Cabral, a ideia da exposição estava ligada à génese do cinema e de que «as práticas da arte vivem dessa dicotomia» entre a ficção e a realidade. Afastada a ideia inicial de confronto ou oposição destas duas naturezas, a proposta veio a incidir sobre a importância do cinema na obra de alguns artistas contemporâneos a trabalhar o vídeo, deslizando entre conceitos.

Em carta dirigida à comissária da exposição, Jorge Molder trocava ideias sobre as problemáticas a abordar, aprofundando a cultura cinematográfica, quer na sua componente narrativa quer documental, sem delimitações ou fronteiras rigorosas entre os géneros: «Comme je te l'ai dit, l'idée est d'articuler des œuvres en vidéo de différents artistes […] qui dans leur travail partent d'une notion de cinéma, ou qui utilisent même des films comme origine. […] Ce qui m'intéresse, ce sont les artistes qui font un usage des "usages" du cinéma, le rythme, le sens, l'articulation des plans.» (Carta de Jorge Molder para Christine van Assche, 2 mar. 2007, Arquivos Gulbenkian, CAM 00558)

A componente espacial foi também um dos aspetos marcantes da exposição, que contou com o projeto cenográfico de Didier Fiúza Faustino, pelo Bureau de Mésarchitectures. A montagem e desmontagem da exposição exigiu muitos meios e equipas técnicas, tratando-se de uma iniciativa de alguma complexidade em termos construtivos. Com uma área de cerca de 1600 m², o projeto expositivo exigiu a construção de tetos falsos e paredes com isolamentos acústicos – para permitir a existência de sons em simultâneo nas várias salas de projeção –, e ainda a construção de painéis autoportantes, a execução de bancos e o revestimento do pavimento das salas.

Este projeto foi igualmente exigente na instalação do material audiovisual. As especificações próprias das obras exigiram um reforço no equipamento audiovisual disponível na FCG. O Departamento de Audiovisuais foi responsável pelo parecer que resultou na compra de algum equipamento áudio e vídeo (câmaras de videovigilância, televisores e ecrãs LCD, objetivas, suportes de suspensão, comutadores, sequenciadores, projetores e ecrãs de projeção, leitores de DVD, colunas, amplificadores, altifalantes, misturadores), que além de servir esta exposição viria a ser útil em situações futuras.

A montagem da exposição teve a coordenação técnica da arquiteta do CAMJAP, Cristina Fonseca, contando ainda com o apoio de alguns artistas e técnicos. A mostra seria exclusivamente composta por instalações vídeo ou cinematográficas, criadas entre os anos de 2002 e 2007 por 11 artistas internacionais, sobretudo europeus: Alexandre Estrela, Chris Marker, Clemens von Wedemeyer, David Claerbout, Didier Fiúza Faustino, Isaac Julien, Jordi Colomer, Laurent Graso, Melik Ohanian, Rachel Reupke e Rodney Graham.

Estruturada em duas secções, a primeira, à entrada da exposição, no hall que dava acesso à galeria principal, apresentava a videoinstalação de Didier Fiúza Faustino e acolhia o visitante numa espécie de «cinemateca ideal», acessível e pesquisável pelo público. O visitante podia sentar-se numa cadeira que o transportava da categoria de espectador à de ator, uma vez que era filmado por um dispositivo de videovigilância, que transmitia a imagem em ecrãs, em direto ou em deferido, questionando dessa forma as noções de tempo, de público e privado.

Entrando na grande nave central do piso 0 do CAMJAP, o espaço era reclamado por um enorme corredor, constituído por dez pequenas salas de projeção contíguas, cenografia inspirada num plano de um corredor com numerosas portas do filme Alphaville, de Jean-Luc Godard. Esse corredor de circulação longitudinal dava acesso às portas entreabertas e às antecâmaras das salas de projeção, cada uma com a sua natureza específica, num percurso que marcava a transição do ficcional para o documentário, «começando por obras regidas por elementos narrativos», que se diluíam progressivamente «numa relação mais consciente com o real» (Comunicado de imprensa, nov. 2007, Arquivos Gulbenkian, CAM 00559). A meio deste percurso, a assinalar a interseção do ficcional/documental, era mostrado, num ambiente futurista, com chaises-longues, o filme La Jetée, de Chris Marker.

O projeto cenográfico procurou ainda a articulação entre a reclusão própria às condições de visionamento dos vídeos (ficção), em contraste com a envolvente do CAMJAP e da sua relação com a paisagem e o jardim, através dos vãos da galeria (realidade).

A exposição mereceu uma ampla divulgação e foi comentada na imprensa especializada. Na Artecapital, Sofia Nunes sintetizaria o espírito da exposição nos seguintes termos: «Se, durante a década de 90, o cinema foi sobretudo pensado pelo vídeo a partir dos seus códigos, como a narrativa, ou dos seus mecanismos de espectáculo, através de estratégias de desconstrução, fragmentação ou remake, hoje, algumas das propostas parecem trazer uma outra reflexão, ao reconfigurarem um paradigma intimamente ligado ao aparecimento do próprio cinema, i.e., Ficção e Realidade. Mas é em torno do esbatimento da fronteira destes territórios e não da sua distinção que a exposição se organiza. […] "Ida e Volta: Ficção e Realidade" constitui assim um excelente olhar sobre o que de mais recente se tem feito no domínio da imagem em movimento, contribuindo para um entendimento da realidade como um acontecer que só se manifesta na sua ficcionalização.» (Nunes, Artecapital, dez. 2007)

Contudo, na opinião de Óscar Faria, crítico de arte do Público, a exposição pecava por um excesso de cenografia e por uma seleção de obras «desigual» (Faria, Público, 30 nov. 2007, p. 42), opinião também partilhada por Celso Martins, crítico do Expresso, no que se refere ao projeto cenográfico (Martins, Expresso, 8 dez. 2007, p. 43). Celso Martins analisa ainda a dimensão conceptual da proposta expositiva: «No fundo, a exposição salienta aquilo que no vídeo existe de "agent provocateur" em relação aos dispositivos cinematográficos (a sabotagem da narrativa linear, a ênfase nas condições materiais de recepção, a manipulação do tempo ou do efeito "verdade"), ao mesmo tempo que enfatiza o lugar do cinema na consciência e mitologia artística contemporânea.» (Ibid.)

Além do comissariado da exposição, Christine van Assche assumiu também a conceção do seu programa de extensão cultural, que incluiu mesas-redondas, conferências e workshops dos artistas representados na exposição, abertos a todo o público e desenvolvidos em escolas de arte, da cidade de Lisboa, em complementaridade com o programa educativo do CAMJAP, que contou com visitas guiadas e temáticas, encontros, oficinas para crianças e famílias.

No mesmo ano de 2007, o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado realizou uma exposição sobre a história da videoinstalação a partir da coleção do Centre Georges Pompidou, cujo comissariado foi também assumido por Christine van Assche. Estas manifestações atestavam o crescente interesse na divulgação dos novos media na arte contemporânea, assim como possibilitavam o diálogo entre as duas propostas expositivas distintas.

O êxito da iniciativa e a adesão do público foram amplamente demostrados pelos 45 130 visitantes. Esta mostra coincidiu ainda com a reabertura do CAMJAP, que esteve ano e meio sem realizar exposições, tempo necessário à reformulação do espaço e à remontagem da coleção permanente.

Filipa Coimbra, 2018

An exhibition of video and cinematographic works by 11 international artists, the outcome of a joint initiative between the Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão [José de Azeredo Perdigão Modern Art Centre] (CAMJAP) and the Fine Arts Department (SBA) of the Calouste Gulbenkian Foundation (FCG).

Jorge Molder, then director of the CAMJAP, initially contacted Christine van Assche, director of the New Media Department of the Centre Georges Pompidou in early 2007, inviting her to curate a group exhibition of artists working in new media, to take place at the end of that year in the CAMJAP, an idea that was warmly received by the director.

According to the directors of the CAMJAP and the SBA, Jorge Molder and Manuel Costa Cabral, respectively, the inspiration for the exhibition came from the birth of the cinema and the idea that “artistic practice thrives on the dichotomy” between fiction and reality. Having dismissed the original idea of confrontation or opposition between these two natures, the proposal instead reflected on the influence of cinema on the works of certain contemporary artists working in video, who slide between the two concepts.

In a letter to the curator of the exhibition, Jorge Molder shared ideas about the issues to be addressed, discussing cinematographic culture, both narrative and documentary, without distinction or rigid borders between genres: “As I told you, the idea is to bring together video works by various artists […] whose practice is based on the concept of cinema, or who use films as source material. […] I am interested in artists who make use of the techniques of cinema, the pacing, the direction, the transitions between shots.” (Letter from Jorge Molder to Christine van Assche, 2 Mar 2007, Gulbenkian Archives, CAM 00558)

Another striking feature of the exhibition was its use of space, based on a staging design by Didier Fiúza Faustino of Bureau de Mésarchitectures. The assembly and dismantling of the exhibition required significant resources and technical expertise, due to its complex structure. Covering an area of almost 1600 m², the exhibition design required the construction of false ceilings and walls, with soundproofing to allow different sounds to play simultaneously in the various screening rooms, as well as the construction of self-supporting panels, the creation of benches and the installation of flooring.

The plans were also demanding in terms the audio-visual materials themselves. Due to the specifications of the works, the FCG had to upgrade its existing audio-visual capacities. The Audio-visual Department produced a report that resulted in the purchase of audio and video equipment (CCTV cameras, televisions and LCD screens, lenses, hanging fixtures, switches, loudspeakers, mixers), which, as well as being used for this exhibition would be useful for future events.

The technical coordination of exhibition assembly fell to CAMJAP architect, Cristina Fonseca, with additional support from other artists and technical specialists. The exhibition was solely comprised of video and film installations produced between the years 2002 and 2007 by 11 international artists, most of them European: Alexandre Estrela, Chris Marker, Clemens von Wedemeyer, David Claerbout, Didier Fiúza Faustino, Isaac Julien, Jordi Colomer, Laurent Graso, Melik Ohanian, Rachel Reupke and Rodney Graham.

Organised into two sections, the first, at the entrance to the exhibition, in the hall that leads into the main gallery, contained a video installation by Didier Fiúza Faustino, which invited visitors into a kind of “ideal film library” that they could enter and explore. Visitors could sit in a chair and be transformed from spectators into actors, as they were filmed by a CCTV camera, calling into question notions of time and public and private space.

Upon entering the large central area on the ground floor of the CAMJAP, the space was dominated by an enormous corridor leading to ten small projection rooms, a layout inspired by the corridor with many doors in the Jean-Luc Godard film Alphaville. This long corridor provided access to the partially open doors and the antechambers to the projection rooms, each of which had its own unique nature, steps on a journey from fiction to documentary, “beginning with works driven by narrative elements”, which were increasingly diluted by “a more conscious relationship with reality” (Press Release, Nov 2007, Gulbenkian Archives, CAM 00559). At the mid-point on this journey, marking the transition from fiction to documentary, the film La Jetée, by Chris Marker was screened in a futuristic environment featuring chaise longues.

The scenography also aimed to explore the connections between the secluded spaces in which the videos were screened (fiction), in contrast with the surroundings of the CAMJAP and its relationship with the landscape and garden, visible through the gallery windows (reality).

The exhibition received extensive coverage and was a topic of discussion in the specialist press. In Artecapital, Sofia Nunes summarised the spirit of the exhibition in the following terms: “While, in the 1990s, cinema was mainly conceived in video through its codes, such as narrative, or its mechanisms of spectacle, through strategies of deconstruction, fragmentation or remake, certain works emerging today seem to offer a different approach, by reconfiguring a paradigm intimately linked to the emergence of cinema itself - Fiction and Reality. Yet it is in the blurring of the border between these fields, rather than their demarcation, that the exhibition exists. […] "Ida e Volta: Ficção e Realidade” (Come and Go: Fiction and Reality) thus provides an excellent insight into the latest developments in the world of moving image, contributing to an understanding of reality as an occurrence that can only be manifested through its own fictionalisation.” (Nunes, Artecapital, Dec 2007)

However, in the opinion of Óscar Faria, art critic at Público, the exhibition suffered from an excess of staging and an “uneven” selection of work (Faria, Público, 30 Nov 2007, p. 42), an opinion shared by Celso Martins, critic at Expresso, with regard to the exhibition’s scenography (Martins, Expresso, 8 Dec 2007, p. 43). Celso Martins also reflected on the conceptual scope of the exhibition: “In essence, the exhibition highlights aspects of the video that act as an ‘agent provocateur’ in terms of cinematic devices (sabotage of the linear narrative, an emphasis on physical viewing conditions, manipulation of time or the “truth” effect), at the same time as highlighting the place of cinema in the contemporary artistic conscience and mythology.” (Ibid.)

As well as curating the exhibition, Christine van Assche also developed the cultural outreach programme, which included round tables, lectures and workshops on the artists featured in the exhibition, both public and in art schools in the city of Lisbon. This complemented the CAMJAP education programme, which offered guided and themed tours, meetings and workshops for children and families.

In the same year, 2007, the Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado hosted an exhibition on the history of the video installation, based on the collection of the Centre Georges Pompidou and also curated by Christine van Assche. These events demonstrated the growing interest in new media in contemporary art, as well as fostering dialogue between the differing approaches of the two exhibitions.

The success of the project and the positive public reception was amply demonstrated by the 45,130 visitors. This exhibition coincided with the reopening of the CAMJAP, which had not hosted an exhibition for one and a half years, the time required to redesign the space and rehang the permanent collection.


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Coleção Gulbenkian

Théatre des Opérations

Didier Fiuza Faustino (1968-)

Théatre des Opérations, 2007 / Inv. 07E1510

Théatre des Opérations

Didier Fiuza Faustino (1968-)

Théatre des Opérations, 2007 / Inv. 07E1510


Eventos Paralelos

Visita(s) guiada(s)

Ida e Volta. Ficção e Realidade. Visitas Temáticas

dez 2007 – fev 2008
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna
Lisboa, Portugal
Visita(s) guiada(s)

Ida e Volta. Ficção e Realidade. Visitas Gerais

nov 2007 – fev 2008
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna
Lisboa, Portugal
Visita(s) guiada(s)

Encontros Imediatos

nov 2007 – dez 2007
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna
Lisboa, Portugal
Ciclo de conferências

Ida e Volta. Ficção e Realidade. Ciclo de Conferências

fev 2008 – mai 2008
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna
Lisboa, Portugal
Mesa-redonda / Debate / Conversa

[Ida e Volta. Ficção e Realidade]. Mesas Redondas no CAM

fev 2008 – mai 2008
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna
Lisboa, Portugal

Publicações


Fotografias

Rui Vilar (à esq.) e Christine Van Assche (ao centro)
Christine Van Assche (à esq.), Rui Vilar (ao centro) e Teresa Patrício Gouveia (à dir.)
Teresa Gouveia (à esq.) e Emílio Rui Vilar (à dir.)
Emílio Rui Vilar (à esq.), Christine Van Assche (ao centro), Teresa Gouveia e Augusto M. Seabra (atrás, ao centro)
Delfim Sardo
Sérgio Taborda (à esq.), Leonor Nazaré (ao centro) e Daniel Blaufuks (à dir.)
Pedro Lapa (à esq.)
José António Dias (à esq.) e Leonor Nazaré (à dir.)
Christine Van Assche (à esq.), Emílio Rui Vilar (ao centro) e Teresa Gouveia (à dir.)
Christine Van Assche (à esq.) e Emílio Rui Vilar (à dir.)
António Pinto Ribeiro, António Repolho Correia e Emílio Rui Vilar (da esq. para dir.)
Augusto M. Seabra (à dir.)
Manuel da Costa Cabral (à esq.), Teresa Gouveia (ao centro) e Cristina Fonseca (à dir.)
Cristina Fonseca (à esq.), Lucília Alvoeiro (ao centro) e Manuel Costa Cabral (à dir.)
Christine Van Assche (à esq.) e Emílio Rui Vilar (à dir.)
Sérgio Taborda (à esq.), Leonor Nazaré (ao centro) e Daniel Blaufuks (à dir.)
José Mário Brandão (ao centro)
Ana Vasconcelos (à esq.) e Patrícia Rosas (à dir.)

Documentação


Periódicos


Páginas Web


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Centro de Arte Moderna), Lisboa / CAM 00558

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém orçamentos, projeto expositivo, atividades de extensão cultural, plantas, correspondência recebida e expedida. 2007 – 2008

Arquivos Gulbenkian (Centro de Arte Moderna), Lisboa / CAM 00559

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém correspondência recebida e expedida, seguros e comunicados de imprensa. 2007 – 2008

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Belas-Artes), Lisboa / SBA 25185

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém materiais de divulgação. 2008 – 2008

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Belas-Artes), Lisboa / SBA 21329

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém correspondência recebida e expedida, materiais de divulgação, programação cultural, elementos para o catálogo. 2007 – 2008

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Belas-Artes), Lisboa / SBA 21338

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém material de divulgação. 2007 – 2008


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