L'Artiste du Mois. Emília Nadal

Ciclo «L'Artiste du Mois»

Mostra individual de Emília Nadal (1938) no Centre Culturel Portugais, integrada no ciclo «L’Artiste du Mois», um programa de divulgação de 27 artistas portugueses promovido pelo seu diretor, José-Augusto França. Durante quatro anos, de 1984 a 1988, e ao longo de um mês, era apresentada a obra de um artista português residente em Paris ou com um percurso criativo relacionado com a capital francesa.
Solo exhibition of the work of Emília Nadal (1938) at the Centre Culturel Portugais, staged as part of the L'Artiste du Mois series, a dissemination programme featuring work by 27 Portuguese artists run by director José-Augusto França. Over the course of four years, from 1984 to 1988, the work of a Portuguese artist residing in Paris or with creative connections to the city would be placed on display for a month.

Quinta mostra do ciclo «L'Artiste du Mois», correspondente ao ano de 1988. Implementada por José-Augusto França, esta iniciativa tinha como objetivo aproximar o público francês do panorama artístico português. Ao longo dos quatro anos (1984-1988) em que o ciclo decorreu, foram apresentados no Centre Culturel Portugais 27 artistas portugueses. Num primeiro momento, a escolha incidiu sobre artistas residentes em Paris, tendo este critério, posteriormente, perdido relevância. Dos sete artistas selecionados para o ano de 1988, apenas dois residiam em França, e só um deles em Paris, encontrando-se os restantes a desenvolver o seu trabalho em Lisboa, no Brasil e na Alemanha.

Cada exposição era composta por um pequeno conjunto de trabalhos do artista escolhido e por alguma documentação sobre o seu percurso. Por ocasião de cada uma destas mostras, era produzido um postal, no qual figurava uma obra representativa da exposição e, no verso, a biografia do artista e a sua morada de residência.

No caso da exposição de Emília Nadal (1938), o postal produzido pelo Centre Culturel Portugais sugere que entre as obras expostas se encontrava Paysage (1975), que combina elementos abstratos e figurativos. Nesta encontramos reminiscências da série das Caixas de 1972 e 1973, notando-se uma tendência para a simplificação, processo iniciado com Decomposições (1974), que a artista explica da seguinte forma: «A figuração hoje, como a abstracção hoje, como tudo o que houver (se fizer) hoje, englobará certamente um sem-número de hipóteses igualmente possíveis. A minha hipótese, neste momento, é esvaziar as imagens do seu conteúdo reduzindo-as a formas, ou alterar-lhes o sentido e a significação. Procurar determinar o valor plástico, poético e absurdo da sua presença, da sua ausência e das suas metamorfoses.» (Emília Nadal. Paysages Obliques, 1982)

Depois da exposição «Emília Nadal. Paysages Obliques», apresentada em 1982 no Centre Culturel Portugais, o seu trabalho sobre o espaço e a paisagem, a perspetiva linear e a sua desconstrução, é uma vez mais destacado na exposição que integra este ciclo.

Mariana Roquette Teixeira, 2018


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Material Gráfico


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Centre Culturel Portugais de Paris), Lisboa / PRS 05014

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém postal da exposição. 1984 – 1988

Arquivos Gulbenkian (Centre Culturel Portugais de Paris), Lisboa / CCP-S002-D00151

2 provas, p.b.: aspetos (FCG-CCP, Paris) 1988


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