Paraíso Perdido, Paraíso Reconquistado. Visões da Nova Década Americana

Exposição coletiva de pintura norte-americana, apresentada em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Embaixada dos Estados Unidos da América em Portugal, organizada pelo New Museum of Contemporary Art de Nova Iorque. Exibiu 48 pinturas de 24 jovens artistas norte-americanos, essencialmente ligados ao figurativismo e ao paisagismo.
Collective exhibition of US paintings presented in Portugal by the Calouste Gulbenkian Foundation and the Embassy of the United States of America in Portugal and organised by the New Museum of Contemporary Art, New York. The show featured 48 works by 24 young US artists, primarily linked to figurative and landscape art.

Exposição coletiva de pintura norte-americana, apresentada em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e pela Embaixada dos Estados Unidos da América em Portugal, com o patrocínio da United States Information Agency.

A mostra foi organizada pelo New Museum of Contemporary Art de Nova Iorque e comissariada pela historiadora e fundadora do New Museum (em 1977), Marcia Tucker, e correspondeu à representação americana mostrada em 1982 na 41.ª Bienal de Veneza e no circuito internacional que se lhe seguiu.

As 48 pinturas dos 24 jovens artistas norte-americanos, essencialmente ligados ao figurativismo e ao paisagismo, foram apresentadas na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da FCG (piso 01).

O título desta exposição alude a dois poemas épicos do poeta inglês do século XVII John Milton, no qual os organizadores procuraram agrupar algumas propostas artísticas cujas leituras se aproximavam do tema do Novo Mundo e da dicotomia paraíso-inferno: «As paisagens de artistas como Louisa Chase, Janet Coolling, Peter Dean, Barbara Kassel, April Gornik e George Thurman Green são também imbuídas de melancolia, mistério e uma sensação de inquietude, ou uma fisiológica e simbólica dimensão que capturam complexos e inexpressivos humores e estados de ânimo.» (Paraíso Perdido, Paraíso Reconquistado…, 1984, p. 22)

Para Marcia Tucker, a comissária da exposição, as obras em exibição representavam «uma procura de valores reais e de modos de ser aceitáveis e uma procura optimista, que caricatura um sentimento de perda e destruição e uma profunda crença nos conceitos básicos que não são só típicos do mundo americano, mas de todos os povos do mundo» (Ibid.). Deste modo, o público português tomava contacto na exposição com o «conceito do Sonho Americano» presente na atualidade destas propostas modernas, que procuravam recriar «poderosos símbolos e imagens-arquétipos» (Ibid.).

A exposição foi amplamente comentada na imprensa escrita nacional, mas nem sempre foi bem acolhida pela crítica. O crítico José Luís Porfírio referir-se-ia a um «academismo» marcado por «brincadeiras provincianas» (Porfírio, Expresso, 1 dez. 1984) e, no mesmo sentido, o crítico Alexandre Melo comentaria o excesso kitsch da exposição (Melo, JL. Jornal de Letras, Artes e Ideias, 27 nov. 1984).

Filipa Coimbra, 2017


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Material Gráfico


Documentação


Periódicos


Páginas Web


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM 00306

Pasta com documentação referente à organização da exposição. Contém convite, orçamentos, correspondência recebida e expedida, elementos para o catálogo, recortes de imprensa. 1984 – 1985


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