Exposição dedicada à obra do joalheiro Gilbert Albert (1930), promovida pela Embaixada da Suíça em Portugal, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG). A curadoria da exposição ficou a cargo do próprio Gilbert Albert, sendo o Serviço de Exposições e Museografia da FCG responsável pelo projeto museográfico e pela montagem.

O certame contou com um total de 84 peças de joalharia moderna, escolhidas pelo seu autor e nas mais variadas tipologias, como colares, anéis, pulseiras, brincos, pingentes, alfinetes, e ainda pequenas esculturas. Tratou-se de peças realizadas em diversos materiais nobres, como ouro, prata, pérolas, brilhantes, pedras preciosas, quartzos e cristais, mas também integrando outros elementos menos usuais, tais como madeira, ouriços-do-mar ou fragmentos de meteoritos (metálicos e rochosos).

Nas palavras do historiador e crítico de arte português José-Augusto França, a exposição mostrava «jóias rebarbativas, monstruosas e agressivas, reproduzindo-se como cancros, ardências dolorosas na pele de quem as usa, como chagas impunes, estas que se mostram aqui vão ter com as do Lalique, numa sala-estojo do Museu Gulbenkian» (França, Colóquio/Artes, jun. 1979, p. 72).

O catálogo da exposição integrou um texto de apresentação, assinado pelo dramaturgo francês Jean Anouilh.

Joana Baião, 2017