Joalharia Australiana

Funcionando como uma extensão do programa da Australia Council/Crafts Board, esta exposição estabeleceu um intercâmbio cultural entre a Austrália, o Reino Unido e os restantes países europeus. Na sua itinerância, expôs as diferenças entre a joalharia australiana, marcada pela distância e isolamento da sua localização geográfica, e a joalharia europeia.
An extension of a programme organised by the Australian Craft Council, this exhibition established a cultural exchange between Australia, the United Kingdom, and the rest of Europe. The travelling show displayed the differences between Australian and European jewellery, the former being influenced by the country's distance and geographic isolation.

Exposição apresentada na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian (piso 01) pela Associação de Artífices Australianos, em conjunto com o Departamento de Relações Estrangeiras. Foi inaugurada a 3 de agosto de 1984 e deu a ver 130 trabalhos, realizados por 64 artistas australianos.

Funcionando como uma extensão do programa da Associação de Artífices Australianos, esta exposição estabeleceu um intercâmbio cultural entre a Austrália, o Reino Unido e diferentes países europeus (Goldsmiths’ Hall, Londres; Arnolfini, Bristol; City Art Centre, Escócia; Schmuckmuseum, Pforzheim, República Federal da Alemanha – RFA; Deutsches Goldschmiedehaus, Hanau, RFA; Galerie am Graben, Viena, Áustria; Det Danske, Copenhaga, Dinarmarca; Galerie d’Art Municipale, Luxemburgo; Praga, Checoslováquia; Budapeste, Hungria).

Ao longo da itinerância, estiveram em foco as especificidades da joalharia australiana por contraste com a joalharia europeia, exibindo aquela uma grande heterogeneidade e diversidade estilística, em resultado da geografia do território australiano e das distâncias que separam os centros cosmopolitas.

Apesar de ser a primeira vez que uma exposição de joalharia australiana foi apresentada na Europa, esta foi a segunda viagem da exposição, que, na sua primeira itinerância, passou pelo Japão, pelas Filipinas e pela Coreia do Sul, onde foi muito bem recebida. A segunda tour teve, no entanto, uma expressão diferente, pela sua maior dimensão e pelo facto de se ter produzido um catálogo mais complexo.

O catálogo da exposição inclui uma breve introdução assinada por Cedar Prest, onde a presidente do Australia Council/Crafts Board sublinha a importância da exposição, bem como um texto da autoria de Helge Larsen (datado de dezembro de 1981), onde este joalheiro dinamarquês residente na Austrália apresenta uma história da joalharia australiana desde a década de 1960. O restante corpo do catálogo é constituído por reproduções de algumas das peças expostas.

O movimento de joalharia australiana emergiu nos anos 60 do século XX, tendo as suas origens na Europa. O isolamento característico do país levou a um encorajamento da produção local, principalmente a partir da participação australiana na primeira edição da «Exposição Internacional de Joalharia Moderna», organizada em 1961 pelo Goldsmiths’ Hall, em Londres.

Devido à fragilidade das peças e ao seu elevado valor, foi necessário criar condições especiais para garantir a segurança no seu transporte e no espaço expositivo, onde foi aumentado o número de seguranças. Foi igualmente exigido pelo Australia Council/Crafts Board um cuidado especial com as condições da sala, com vista a adequar níveis de humidade, calor e luz. Ao analisarmos as fotografias disponíveis na documentação relativa à produção da exposição, observamos uma museografia dominada por expositores escuros e verticais, que, além de conferirem austeridade e segurança ao espaço, contribuem para centrar toda a atenção nas peças.

Os textos de imprensa analisados têm um tom preponderantemente informativo, noticiando o facto de se tratar da primeira exposição de joalharia australiana na Europa e indicando como principais tópicos no trabalho destes joalheiros a sociedade australiana e o meio ambiente.

Carolina Gouveia Matias, 2017


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Material Gráfico


Fotografias

José Sommer Ribeiro (à esq.) e José de Azeredo Perdigão (à dir.)
José de Azeredo Perdigão e José Sommer Ribeiro (à dir.)

Documentação


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0479-D01358

17 provas, p.b.: aspetos (FCG, Lisboa) 1984


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