Exposição anunciada como sendo de «significado e importância singulares, pela circunstância de se tratar de uma panorâmica da obra de um artista, alemão de nascimento, que permanece e trabalha no nosso país desde 1932» e cujo trabalho refletiria, de algum modo, «a tranquilidade […] e o ambiente físico e humano» que o artista encontrou em Portugal (Hein Semke, 1972).

Inaugurada a 13 de dezembro de 1972, a mostra assinalou os 40 anos de atividade em Portugal de Hein Semke (1899-1995), apresentando obras de escultura, cerâmica, desenho, pintura e gravura (monotipias e xilogravuras), bem como alguns exemplares de publicações ilustradas pelo artista.

Estando o seu encerramento previsto para 31 de dezembro de 1972, a exposição foi prolongada para responder à «afluência que […] tem tido e ainda porque esteve encerrada nos dias 24 e 25 do corrente» (Apontamento do Serviço de Exposições e Museografia, 29 dez. 1972, Arquivos Gulbenkian, SEM 00023).

Num ofício de 12 de dezembro de 1972, José Sommer Ribeiro, diretor do Serviço de Exposições e Museografia da FCG, relata alguns pormenores relacionados com a montagem da exposição, dizendo que «foi extremamente trabalhosa, dado que a maioria dos desenhos não tinham passe-partout nem vidros, pelo que houve necessidade de fazer uma montagem, o que sempre é demorado. Acresce ter sido ainda necessário adaptar uma série de plintos às dimensões das esculturas enviadas pelo artista» (Apontamento do Serviço de Exposições e Museografia, 12 dez. 1972, Arquivos Gulbenkian, SEM 00023).

Joana Baião, 2015