Manuel Cargaleiro. Gouaches

Exposição individual do pintor Manuel Cargaleiro (1927), então bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris. Esta mostra integrou 45 guaches, datados de 1971 e 1972, fortemente inspirados no azulejo tradicional português, veículo de expressão ideal para o artista.
Solo exhibition of painter Manuel Cargaleiro (1927), bursary-holder at the time of the Calouste Gulbenkian Foundation in Paris. Organised by the Calouste Gulbenkian Paris Branch, the Centre Culturel Portugais, the show included 45 gouache paintings, dated between 1971 and 1972, strongly inspired in traditional Portuguese azulejo, a technique which lent itself to the artist's considerable skill.

Exposição organizada pelo Centre Culturel Portugais, em Paris, inaugurada a 9 de maio de 1972, integrando 45 guaches, datados de 1971 e 1972, do artista Manuel Cargaleiro (1927), bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian a trabalhar em Paris desde 1959.

O catálogo da exposição incluiu um elogioso prefácio do poeta e crítico de arte Jean Cassou: «Mais Cargaleiro est également peintre, l’un des meilleurs qui, depuis de nombreuses années, représente son pays dans l’École de Paris. En témoignent les admirables gouaches que voici, exquises décantations, clairs poèmes du goût le plus subtil et le plus pur.» (Manuel Cargaleiro. Gouaches, 1972)

A obra de Manuel Cargaleiro, fortemente inspirada no azulejo tradicional português, converteria o azulejo no veículo de expressão ideal para o artista, que se focou em evocações espaciais e arquitetónicas.

«Por outro lado, a persistência do abstraccionismo na arte parisiense, desde os anos 40, estimulou o artista na descoberta das potencialidades de uma linguagem tendencialmente não-figurativa. Enquanto o racionalismo e a sobriedade da arte francesa têm norteado a estrutura da sua obra, a pintura e a cor têm proporcionado a sua posterior libertação. Da pintura advém o poder poético, possibilitado pelas harmonias cromáticas e cadências de traço, pelas impressões sensitivas e pela fragmentação formal. […] Das construções estruturadas, comummente intituladas “cidades”, aos gestos expressivos das suas “flores”, em cada obra, a complexidade da composição é apaziguada pelos jogos de cor, luz e sombra. No trabalho de Manuel Cargaleiro, a cor não é um mero ponto de partida para a exploração das formas, mas sim o culminar de um processo de depuração.» (IJ, Manuel Cargaleiro, ago. 2011).

Joana Brito, 2016


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Fotografias

Fotografias em álbum da inauguração da exposição

Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Centre Culturel Portugais de Paris), Lisboa / PRS 04792

Álbum com 22 provas fotográficas: eventos entre 1972 e 1973 (FCG-CCP, Paris). Contém 10 provas, p.b.: inauguração da exposição «Manuel Cargaleiro»; 12 provas, p.b.: receção em honra de Mlle Latournerie 1972 – 1973


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