Densidade Relativa. A partir da Colecção do CAMJAP

Projeto curatorial que mergulhou na ciência, na filosofia e na sociologia, para abordar a experiência estética da arte contemporânea. Expôs cerca de 50 obras de 36 artistas nacionais e internacionais, todas atualmente pertencentes à coleção do Centro de Arte Moderna. No verão após a apresentação em Lisboa, a exposição seguiu até Sines.
Curatorial project delving into science, philosophy and sociology in a discussion on the aesthetic experience of contemporary art. The event included 50 works by 36 Portuguese and foreign artists, all currently included in the Calouste Gulbenkian Museum’s Modern Collection. The exhibition was held in Sines the summer after it was held in Lisbon.

«Imaginemos que a intensidade de cada experiência (estética, cultural) diante de uma obra é determinada, em boa parte, pela sua densidade.» (Newsletter FCG, n.º 67, p. 12) Esta foi a premissa lançada por Leonor Nazaré para a curadoria de «Densidade Relativa. A partir da Colecção do CAMJAP». O desafio evidencia-se: imaginar uma «densimetria das imagens» medindo as matérias (físicas e não-físicas) envolvidas na relação de um espectador com uma obra.

Reunindo cerca de 50 obras da autoria de 36 artistas portugueses e estrangeiros, «Densidade Relativa» inaugurou a 27 de outubro de 2005, ocupando o Hall e a Galeria do piso 1 do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAMJAP). Ficou patente entre dia 28 daquele mês e 22 de janeiro de 2006.

Nos textos introdutórios à exposição, a curadora esclarece que a escolha do par conceptual intensidade/densidade atendeu ao facto de esses termos constarem entre os comummente usados pela crítica e pela história da arte para valorar (e metaforizar) a experiência estética do objeto artístico. A imensa bagagem semântica que essas duas palavras carregam, e que tantas vezes se dirige a um campo de franca indizibilidade, era agora submetida a exegeses e escalpelizações no longo texto que Leonor Nazaré publica no catálogo de exposição. Investiga trilhos que vão da ciência à filosofia, da psicologia à mística, da literatura à sociologia, com o conceito de «densidade» (afinal tão caro à física quanto à metafísica) a sondar as possibilidades «de um contínuo entre a matéria do pensamento e as dos corpos e objetos» (Densidade Relativa, 2005, pp. 10-62).

O acervo exposto foi extremamente heterogéneo, das temáticas aos media utilizados (pintura, instalação, escultura, fotografia, vídeo), aos contextos artísticos e cronologias (de 1961 a 2005), sendo a diversidade um fator de coesão face ao intuito base: privilegiar a afetação sensorial, tentando compreender como é que os estímulos sinestésicos que os objetos artísticos propõem se vão transformando (e densificando) em intuições, ideias, emotividade.

Os aspetos de sala consultados permitem perceber como a organização das peças seguiu dinâmicas de atrações e contrastes, cabendo à montagem do dispositivo museológico gerir «forças», «pesos e levezas», dinâmicas de «cheio» e «vazio», convidando o espectador a pensar como, na relação subjetiva com as obras, a linguagem vai negociando esses conceitos, desde a perceção das componentes físicas e materiais, à própria plasticidade dos domínios mais intelectuais e espirituais.

Conforme é salientado na divulgação, o projeto apostou no diálogo entre peças que estavam, à data, entre os mais recentes ingressos na coleção do CAMJAP, e outras que já a integravam havia largos anos (Newsletter FCG, n.º 67, p. 12). Todas faziam parte da coleção, com exceção para os dois trabalhos de Lourdes Castro (1930) que foram apresentados (Invs. 10P1622; 10P1623), então apenas em depósito na FCG (Arquivos Gulbenkian, CAM 00538). Acabariam por ser incorporados cinco anos mais tarde, em 2010, concluindo-se daí que todas as obras expostas nesta coletiva pertencem atualmente à coleção do Centro de Arte Moderna.

Fora das 46 obras reproduzidas em catálogo, refira-se um acrílico sobre papel, em pequeno formato, da autoria Bruno Pacheco (1974), visível nos registos fotográficos da exposição. Intitula-se Bicho (2003 (Inv. 04DP1900) e representa um quadrúpede em silhueta. É uma pintura que reclama autonomia, mas que, à semelhança de tantos trabalhos do autor, pode ser tida como estudo para uma tela de maiores dimensões (generalizações a que todos os bons registos preparatórios resistem). O mesmo animal volta a aparecer, em maior escala, num acrílico sobre tela homónimo (Inv. 04P1269), igualmente exposto e, ao contrário do anterior, reproduzido no catálogo (Densidade Relativa, pp. 110, 166, 173).

Durante o processo de produção de «Densidade Relativa», sugeriu-se aos artistas expositores, ou respetivos representantes, a cedência de materiais bibliográficos e editoriais para consulta do público. Esses recursos disponibilizaram-se numa sala preparada para o manuseio integrada no espaço expositivo, na qual constaram também dois computadores para aceder a formatos digitais, além do catálogo de exposição e dos textos de sala.

No espaço expositivo, esses textos, impressos em folhas plastificadas para circularem com os visitantes, encontravam-se nas imediações das peças a que se referiam e especificamente numerados para mapear os núcleos. São salvaguardados como abordagens que priorizam um confronto pessoal com as propostas artísticas e como sendo «eles próprios o exemplo de que essas formas e graus [de densidade] variam enormemente». Estão igualmente reproduzidos no catálogo de exposição, entre as páginas 171 e 224, e a sua discursividade manifesta aquilo que, logo na apresentação, Jorge Molder (então diretor do CAMJAP) descreve como «reflectir sobre os modos de enfrentamento dos espectadores com as obras», ignição para todo este projeto (Densidade Relativa, p. 7).

Com o seu escopo alargadíssimo, «Densidade Relativa» conjugou dois eixos muitas vezes assumidos como inconciliáveis. Numa mão, ensaiou uma dialética com aprofundamento teórico intensivo. Simultaneamente, pretendeu que esse longo trânsito conceptual se catalisasse na relação mais direta entre espectadores e obras, enfatizando a sensorialidade da criação artística contemporânea. Redobrava assim a atenção sobre os fenómenos de receção, com a esfera da sensibilidade a assumir missões de desencriptação crítica. A vasta documentação arquivada denota uma investigação de campo aturada, que inclusivamente levantou depoimentos pessoais de oito indivíduos acerca de obras específicas, posteriormente tratados numa tabela de aferição e comentados no texto curatorial (Densidade Relativa, pp. 55-62). Não obstante, saliente-se que essa tónica no espectador reforçou o imperativo da participação subjetiva, irredutível a didatismos estatísticos.

O compromisso com os fatores relacionais aliou-se às muitas atividades educativas desenvolvidas no âmbito da exposição. A interpelação de tópicos científicos motivou a organização da visita «Um olhar cruzado entre as exposições “Densidade Relativa” (CAMJAP) e “À Luz de Einstein” (Instituto de Ciência)». A mostra sobre o pai da Teoria da Relatividade estava então patente do outro lado dos Jardins Gulbenkian, na Sede da Fundação, assinalando o Ano Internacional da Física. Da parte do Setor de Educação do CAMJAP, Susana Anágua assumiu a orientação da atividade em parceria com um monitor do Instituto Gulbenkian de Ciência. Anágua orientaria ainda as oficinas para crianças e famílias «Caixas para ver o mundo?!» e «Tão Longe e Tão Perto: Onde fico eu?». Seria também responsável por «Os Fenómenos da Física à Luz da Arte Contemporânea», que, juntamente com «Densidades Fotográficas», por Patrícia Brás, foram as duas visitas temáticas programadas. Ana Ruivo assegurou as três visitas gerais (Newsletter FCG, n.º 67, p. 25).

Após ter sido apresentada em Lisboa, «Densidade Relativa» viajou até Sines, integrando a programação «Verão. Arte Contemporânea. Sines», edição de 2006. Distribuiu-se por dois espaços do centro histórico: o então recentíssimo Centro de Artes de Sines (CAS) (inaugurado em 2005) e o Centro Cultural Emmerico Nunes (CCEN), instalado num antigo edifício. Este último recebeu os vídeos The Mirror Suitcase Man (2004) (Inv. IM21), de Rui Calçada Bastos (1974), e Historia de la Música Rock (2002) (Inv. IM20), de Rui Valério (1969), a instalação A Hand of Bridge (2004) (Inv. 04E1273), de Vasco Araújo (1975), e a pintura Motel (1997) (Inv. 97PE279), de Fiona Rae (1963), esta última peça em substituição de Love Wall (1961) (Inv. PE128), de Peter Blake (1932), que não viajou até Sines. Os cerca de 45 trabalhos restantes foram instalados no CAS.

Para esta segunda versão da exposição adaptaram-se as estratégias museológicas que tinham sido implementadas em Lisboa, reorganizando-se os núcleos e os respetivos textos de sala. A inauguração ocorreu a 12 de agosto de 2006, com os registos fotográficos a evidenciar uma boa afluência de público, notando-se a presença de vários dos artistas representados e outros agentes do meio artístico e cultural.

A curadora Leonor Nazaré orientou uma visita inaugural que seria a primeira de um rol de iniciativas que, à semelhança do que sucedera em Lisboa, denunciam um forte investimento na componente educativa, vontade também reiterada por Marta Mestre, então na programação do CAS, e Isabel Ribeiro da Silva, representante do CCEN. Em conjunto com o comissariado e com as estruturas que acolheram «Densidade Relativa» fora de portas, o Serviço Educativo do CAMJAP pôde preparar uma programação paralela que se quis enriquecedora para o movimento descentralizador que esta itinerância acabou por representar. Além das seis visitas orientadas por Ana Ruivo, destaque para a colaboração de Marta Guerreiro, enquanto sócia do CCEN, com a visita + atelier para crianças «Uma Viagem Verdadeira... A Tua». Marta Mestre e Liliana Rodrigues desenvolveram «Interrogar a Arte Contemporânea (a partir da exposição “Densidade Relativa”)», vocacionada para público juvenil e, juntamente com Mariana Pinho, «Movimentos Densos e Relativos», para público sénior. A artista Susana Anágua voltou a colaborar como mediadora do CAMJAP, nomeadamente com «O Jogo do Densímetro» e a visita-jogo «Caixas para Ver o Mundo» – sessões em que terá podido aplicar algumas das diretrizes explanadas na formação «Introdução às Práticas Educativas em Museu e Exposições». Anágua orientou essa ação formativa em conjunto com Susana Gomes da Silva, coordenadora do Setor de Educação do CAMJAP. Agendada para 28 e 29 de junho de 2006 (cerca de mês e meio antes da inauguração da mostra), terá acabado por funcionar como preâmbulo para o programa educativo da itinerância de «Densidade Relativa. A partir da Colecção do CAMJAP» em Sines.

A colaboração da FCG no «Verão. Arte Contemporânea. Sines» repetiu-se no ano seguinte. Para essa 10.ª edição (2007), a Fundação apoiou a exposição «Sines Local», apresentada igualmente no CCEN e num espaço urbano exterior, em estreito diálogo com a cidade. Leonor Nazaré assina os textos sobre as obras das artistas participantes, entre elas Susana Anágua (1976), que desta feita voltava a Sines como artista expositora, ao lado de Ana João Romana (1973), Filipa César (1975) e Inês Botelho (1977).

O caráter interdisciplinar de «Densidade Relativa», bem como a marca autoral da sua curadoria, obtiveram ramificações nas práticas museológicas e educativas da programação da FCG. Em 2009, reiterando essa importância técnica e metodológica, Leonor Nazaré apresentou uma «Referência sumária à exposição “Densidade Relativa”» numa das sessões do curso Questões de Arte Contemporânea, organizado no âmbito do Descobrir – Programa Gulbenkian Educação para Cultura.

Daniel Peres, 2019

“Imagine the intensity of every experience (aesthetic, cultural) provoked by a specific work, determined, to a great extent, by its density.” (FCG Newsletter, n.º 67, p. 12) This was the premise put forward by Leonor Nazaré, curator of “Densidade Relativa. A partir da Colecção do CAMJAP” (Relative Density. From the Modern Art Centre Collection). The challenge is clear: to envisage a “densimetry of images” to measure the (physical and non-physical) materials involved in the relationship between viewer and artwork.

Comprising almost 50 pieces by 36 Portuguese and international artists, “Densidade Relativa” opened on 27 October 2005, occupying the Hall and first floor Gallery of the Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão [José de Azeredo Perdigão Modern Art Centre] (CAMJAP). It was on display from the 28th of that month until 22 January 2006.

In her introduction to the exhibition, the curator explains that the dual concepts of intensity/density were chosen in response to the fact that these terms are among those most commonly used by art critics and in art history to appraise (and metaphorically represent) the aesthetic experience of the art object. The immense semantic baggage carried by these two words, so often applied to a field that defies verbal description, was interrogated and dissected in the piece written by Leonor Nazaré for the exhibition catalogue. She explores the intersections between science and philosophy, psychology and mysticism, literature and sociology, using the concept of “density” (equally commonplace in the fields of physics and metaphysics) to probe the potential “for a continuum between the realm of thought and that of bodies and objects” (Densidade Relativa, 2005, pp. 10-62).

The works displayed were extremely varied, both thematically and in terms of the mediums used (painting, installation, sculpture, photography, video) and their artistic and historical contexts (from 1961 to 2005). This very diversity was a point of cohesion in response to the exhibition’s fundamental aim: to foreground sensory affect in an effort to understand how the sensory stimuli provided by art objects are transformed (and densified) into feelings, ideas, emotions.

Images of the exhibition show that the works were arranged according to attraction and contrast, the role of the museum being to manage the “forces”, the “weight and lightness” and the contrast between “fullness” and “emptiness”, inviting visitors to contemplate how, in the subjective relationship with an artwork, language negotiates these concepts, from the perception of their physical and material nature to the inherent plasticity of the more intellectual and spiritual realms.

As highlighted in promotional materials, the project was based on a dialogue between pieces that were, at the time, among the most recent additions to the CAMJAP collection and pieces that had belonged to it for many years (Newsletter FCG, n.º 67, p. 12). All of the works included belonged to the collection, with the exception of two pieces by Lourdes Castro (1930) (Invs. 10P1622; 10P1623), which were simply in storage at the FCG at the time (Gulbenkian Archives, CAM 00538). Five years later, in 2010, these became part of the collection, meaning that all of the works featured now belong to the Modern Art Centre collection.

Aside from the 46 pieces that appear in the catalogue, a small acrylic on paper by Bruno Pacheco (1974) is visible in photographic records of the exhibition. Entitled Bicho (2003 (Inv. 04DP1900) it shows the silhouette of a four-legged creature. It is a painting that demands to be viewed in its own right but which, like so many works by this artist, may be assumed to be a study for a larger canvas (a generalisation that all good preparatory studies resist). The same animal appears again, on a larger scale, in an acrylic on canvas of the same title (Inv. 04P1269), which is also exhibited but, unlike the former, appears in the catalogue (Densidade Relativa, pp. 110, 166, 173).

During the planning phase of “Densidade Relativa”, the featured artists or their representatives were invited to loan bibliographic or editorial materials for the public to browse. These resources were displayed in a handling room within the exhibition space, which also contained two computers to access digital documents, as well as the exhibition catalogue and room texts.

In the exhibition space, these texts, printed and laminated so visitors could carry them, were located close to the pieces to which they referred and clearly numbered to map out the exhibition areas. They have been preserved due to the way they foster personal contact with the artworks and are “themselves an example of how these forms and degrees [of density] vary enormously”. They are also included in the exhibition catalogue, from pages 171 to 224, and their discursivity demonstrates what Jorge Molder (then director of the CAMJAP) describes in the introduction as “a reflection on the ways viewers experience the works”, the spark for the entire project (Densidade Relativa, p. 7).

With its vast scope, “Densidade Relativa” combined two approaches often assumed to be incompatible. On one hand, it proposed a deeply theoretical inquiry. On the other, it claimed that this protracted conceptual exploration was catalysed by the more direct relationship between the viewer and work, emphasising the sensory nature of contemporary artistic creation. In doing so, it drew attention to the phenomenon of reception, where the realm of sensibility plays a role in critical interpretation. A vast archive of documents bear witness to an extensive field study, during which eight individuals gave personal feedback on specific pieces, which was then recorded in a table and analysed in the curator’s essay (Densidade Relativa, pp. 55-62). However, it is worth recalling that this focus on the spectator foreground the need for subjective participation, something that is not reducible to mere statistical analysis.

This commitment to the question of interaction was reflected in the many educational activities that ran in parallel with the exhibition. The exploration of scientific themes provided the inspiration for a guided tour exploring two exhibitions, entitled “Um olhar cruzado entre as exposições “Densidade Relativa” (CAMJAP) e “À Luz de Einstein” (Instituto de Ciência)”. The latter exhibition, devoted to the founding father of the Theory of Relativity was running simultaneously on the opposite side of the Gulbenkian Gardens, in the Foundation’s Main Building, to mark the International Year of Physics. Susana Anágua of the CAMJAP Education Department, led an event in partnership with an educator from the Gulbenkian Science Institute. Anágua also led workshops for children and families, entitled “Caixas para ver o mundo?!” and “Tão Longe e Tão Perto: Onde fico eu?”. She was also responsible for “Os Fenómenos da Física à Luz da Arte Contemporânea”, one of three organised guided tours, along with “Densidades Fotográficas” by Patrícia Brás. Meanwhile, Ana Ruivo led three more general tours (FCG Newsletter, n.º 67, p. 25).

After its spell in Lisbon, “Densidade Relativa” travelled to Sines as part of the 2006 edition of the “Verão. Arte Contemporânea. Sines” (Summer. Contemporary Art. Sines) programme. Split between two spaces in the old town centre: the then recently opened Centro de Artes de Sines (CAS) (opened in 2005) and Centro Cultural Emmerico Nunes (CCEN), which occupied a historic building. The latter played host to the videos The Mirror Suitcase Man (2004) (Inv. IM21) by Rui Calçada Bastos (1974), and Historia de la Música Rock (2002) (Inv. IM20) by Rui Valério (1969), the installation A Hand of Bridge (2004) (Inv. 04E1273) by Vasco Araújo (1975), and the painting Motel (1997) (Inv. 97PE279) by Fiona Rae (1963), the latter replacing Love Wall (1961) (Inv. PE128) by Peter Blake (1932), which did not travel to Sines. The remaining 45 works were displayed in the CAS.

For this second iteration of the exhibition, the museological strategy used in Lisbon was adapted, with the areas and their respective room texts amended. The opening took place on 12 August 2006 and photographic records show good visitor numbers and the presence of several of the featured artists as well as other figures from the worlds of art and culture.

The curator, Leonor Nazaré, led an inaugural guided tour, the first of a series of events which, as in Lisbon, evinced a strong investment in the education programme, a focus echoed by Marta Mestre, who worked for the CAS programming department at the time, and Isabel Ribeiro da Silva, a representative of the CCEN. In collaboration with the curators and institutions that hosted the touring edition of “Densidade Relativa”, the CAMJAP Education Department was able to run a series of parallel events intended to further the push for decentralisation that the exhibition’s tour came to represent. In addition to the six tours led by Ana Ruivo, we must also highlight the contribution of Marta Guerreiro, a member of CCEN, with her tour and workshop for children, “Uma Viagem Verdadeira... A Tua”. Marta Mestre and Liliana Rodrigues developed “Interrogar a Arte Contemporânea (a partir da exposição ‘Densidade Relativa’)”, aimed at a young audience and, together with Mariana Pinho, “Movimentos Densos e Relativos”, aimed at adults. The artist Susana Anágua again worked with CAMJAP as an educator, notably on “O Jogo do Densímetro” and the tour/game “Caixas para Ver o Mundo” – sessions in which she seems to have applied some of the recommendations of the training session “Introduction to Educational Practices in Museums and Exhibitions”. Anágua led this training initiative alongside Susana Gomes da Silva, coordinator of the CAMJAP Education Department. Scheduled for 28 and 29 July 2006 (almost a month and a half before the opening of the exhibition), it appears to have provided the basis of the education programme of the touring edition of “Densidade Relativa. A partir da Colecção do CAMJAP” in Sines.

The FCG participated in “Verão. Arte Contemporânea. Sines” again the following year. For this 10th edition (2007), the Foundation supported the exhibition “Sines Local” (Local Sines), also held at the CCEN and an outdoor urban space, establishing an intimate dialogue with the city. Leonor Nazaré wrote pieces on the participating artists, including Susana Anágua (1976), who returned to Sines as an exhibiting artist for the event alongside Ana João Romana (1973), Filipa César (1975) and Inês Botelho (1977).

The interdisciplinary nature of “Densidade Relativa” and its authorial approach to curation had ramifications for the museological and educational practices of the FCG. In 2009, once again stressing its technical and methodological significance, Leonor Nazaré presented “Referência sumária à exposição ‘Densidade Relativa’” in one of the sessions on the course Questões de Arte Contemporânea, organised as part of Descobrir – the Gulbenkian Educational Programme.


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Coleção Gulbenkian

The Nails’ Feedback

Alexandre Estrela (1971-)

The Nails’ Feedback, Inv. IM17

Objecto - Porta

Ana Vieira (1940-2016)

Objecto - Porta, Inv. 89E609

Zoo Berlim

António Júlio Duarte (1965-)

Zoo Berlim, Inv. 01FP345 1-12

S/ Título (Plane Room) da série Azul e Rotineiro

Armando Ferraz (1968-)

S/ Título (Plane Room) da série Azul e Rotineiro, 2000 / Inv. 02FP454

Squat

Boyd Webb (1947-)

Squat, Inv. 90FE26

O Bicho

Bruno Pacheco (1974- )

O Bicho, 2003 / Inv. 04P1269

Whatever

Bruno Pacheco (1974- )

Whatever, Inv. 04DP1900 1-34

We Came in Peace for all Mankind

Carlos Roque (1969-)

We Came in Peace for all Mankind, 2001 / Inv. 02E1242

Selva Confortável

Catarina Leitão (1970-)

Selva Confortável, 2002 / Inv. 02E1243

# D.B. 12/02 Berlin

Daniel Blaufuks (1963-)

# D.B. 12/02 Berlin, 2002 / Inv. 03FP429

Anastasia

Eurico Lino do Vale (1966-)

Anastasia, 2001 / Inv. 02FP376

Nicolas

Eurico Lino do Vale (1966-)

Nicolas, 2001 / Inv. 02FP377

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1820

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1815

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1816

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1817

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1818

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1819

Motel

Fiona Rae (1963-)

Motel, Inv. 97PE279

Motel

Fiona Rae (1963-)

Motel, Inv. 97PE279

Troppa lucce

Gaëtan (1944-2019)

Troppa lucce, 1998 / Inv. DP1721 1-5

S/Título

Gil Heitor Cortesão (1967- )

S/Título, 1998 / Inv. 99P776

Corte Secreto

Helena Almeida (1934-2018)

Corte Secreto, Inv. 85FP380

Seduzir

Helena Almeida (1934-2018)

Seduzir, Inv. 02FP365

Seduzir

Helena Almeida (1934-2018)

Seduzir, Inv. 02FP366

S/Título (#38)

João Galrão (1975-)

S/Título (#38), 2003 / Inv. 03P1256

S/ Título

João Jacinto (1966-)

S/ Título, 2005 / Inv. 05P1359

S/ Título

João Queiroz (1957-)

S/ Título, 1999 / Inv. 99DP1753

S/Título

João Queiroz (1957-)

S/Título, 1999 / Inv. 99DP1752

Uma Rosa É

João Vieira (1934-2009)

Uma Rosa É, 1968 / Inv. 80P536

American Psycho

João Vilhena (1978-)

American Psycho, 2003 / Inv. 04FP435

Self Portrait (Lying Figure, Holding Leg, four panels)

John Coplans (1920-2003)

Self Portrait (Lying Figure, Holding Leg, four panels), 1990 / Inv. 95FE48

Self Portrait: Upside Down, no. 1

John Coplans (1920-2003)

Self Portrait: Upside Down, no. 1, 1992 / Inv. 95FE49

Look Look

Jorge Martins (1940-)

Look Look, 1976 / Inv. 03DP1845

Liga-me, LXA

José Luís Neto (1966-)

Liga-me, LXA, Inv. 04FP438

Liga-me, LXC

José Luís Neto (1966-)

Liga-me, LXC, 2004 / Inv. 04FP439

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP352

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP353

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP354

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP355

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP356

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP357

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP358

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP360

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP359

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP361

Letras e duas casas

Lourdes Castro (1930-2022)

Letras e duas casas, Inv. 10P1622

Letras e Pente

Lourdes Castro (1930-2022)

Letras e Pente, Inv. 10P1623

Pôr do Sol

Luís Noronha da Costa (1942-2020)

Pôr do Sol, Inv. 69P615

Pietá

Manuel Botelho

Pietá, 1999 / Inv. 01P1222

The Rest is Silence II

Noé Sendas (1972-)

The Rest is Silence II, 2003 / Inv. 04E1255

B - sides # 13 (carros)

Nuno Cera (1972-)

B - sides # 13 (carros), 2001 / Inv. 01FP457

B - sides #11 (túnel)

Nuno Cera (1972-)

B - sides #11 (túnel), 2001 / Inv. 01FP456

Os cegos de Praga XII

Pedro Cabrita Reis (1956-)

Os cegos de Praga XII, Inv. 98DP1715

Montanha #18

Pedro Gomes (1972-)

Montanha #18, 2002 / Inv. 02P1257

Love Wall

Peter Blake (1932-)

Love Wall, Inv. PE128

The Mirror Suitcase Man

Rui Calçada Bastos (1972-)

The Mirror Suitcase Man, 2004 / Inv. IM21

Durante o Sono

Rui Chafes (1966-)

Durante o Sono, Inv. 02E1226

S/Título

Rui Moreira (1971-)

S/Título, 2003 / Inv. 03DP1842

Historia de la Música Rock

Rui Valério (1969-)

Historia de la Música Rock, 2002 / Inv. IM20

A Hand of Bridge

Vasco Araújo (1975-)

A Hand of Bridge, Inv. 04E1273

The Nails’ Feedback

Alexandre Estrela (1971-)

The Nails’ Feedback, Inv. IM17

Objecto - Porta

Ana Vieira (1940-2016)

Objecto - Porta, Inv. 89E609

Zoo Berlim

António Júlio Duarte (1965-)

Zoo Berlim, Inv. 01FP345 1-12

S/ Título (Plane Room) da série Azul e Rotineiro

Armando Ferraz (1968-)

S/ Título (Plane Room) da série Azul e Rotineiro, 2000 / Inv. 02FP454

Squat

Boyd Webb (1947-)

Squat, Inv. 90FE26

O Bicho

Bruno Pacheco (1974- )

O Bicho, 2003 / Inv. 04P1269

Whatever

Bruno Pacheco (1974- )

Whatever, Inv. 04DP1900 1-34

We Came in Peace for all Mankind

Carlos Roque (1969-)

We Came in Peace for all Mankind, 2001 / Inv. 02E1242

Selva Confortável

Catarina Leitão (1970-)

Selva Confortável, 2002 / Inv. 02E1243

# D.B. 12/02 Berlin

Daniel Blaufuks (1963-)

# D.B. 12/02 Berlin, 2002 / Inv. 03FP429

Anastasia

Eurico Lino do Vale (1966-)

Anastasia, 2001 / Inv. 02FP376

Nicolas

Eurico Lino do Vale (1966-)

Nicolas, 2001 / Inv. 02FP377

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1820

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1815

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1816

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1817

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1818

S/ Título

Fernando Calhau (1948-2002)

S/ Título, 2001 / Inv. 01DP1819

Motel

Fiona Rae (1963-)

Motel, Inv. 97PE279

Motel

Fiona Rae (1963-)

Motel, Inv. 97PE279

Troppa lucce

Gaëtan (1944-2019)

Troppa lucce, 1998 / Inv. DP1721 1-5

S/Título

Gil Heitor Cortesão (1967- )

S/Título, 1998 / Inv. 99P776

Corte Secreto

Helena Almeida (1934-2018)

Corte Secreto, Inv. 85FP380

Seduzir

Helena Almeida (1934-2018)

Seduzir, Inv. 02FP365

Seduzir

Helena Almeida (1934-2018)

Seduzir, Inv. 02FP366

S/Título (#38)

João Galrão (1975-)

S/Título (#38), 2003 / Inv. 03P1256

S/ Título

João Jacinto (1966-)

S/ Título, 2005 / Inv. 05P1359

S/ Título

João Queiroz (1957-)

S/ Título, 1999 / Inv. 99DP1753

S/Título

João Queiroz (1957-)

S/Título, 1999 / Inv. 99DP1752

Uma Rosa É

João Vieira (1934-2009)

Uma Rosa É, 1968 / Inv. 80P536

American Psycho

João Vilhena (1978-)

American Psycho, 2003 / Inv. 04FP435

Self Portrait (Lying Figure, Holding Leg, four panels)

John Coplans (1920-2003)

Self Portrait (Lying Figure, Holding Leg, four panels), 1990 / Inv. 95FE48

Self Portrait: Upside Down, no. 1

John Coplans (1920-2003)

Self Portrait: Upside Down, no. 1, 1992 / Inv. 95FE49

Look Look

Jorge Martins (1940-)

Look Look, 1976 / Inv. 03DP1845

Liga-me, LXA

José Luís Neto (1966-)

Liga-me, LXA, Inv. 04FP438

Liga-me, LXC

José Luís Neto (1966-)

Liga-me, LXC, 2004 / Inv. 04FP439

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP352

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP353

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP354

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP355

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP356

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP357

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP358

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP360

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP359

S/ Título (da série 22474)

José Luís Neto (1966-)

S/ Título (da série 22474), 2000 / Inv. 01FP361

Letras e duas casas

Lourdes Castro (1930-2022)

Letras e duas casas, Inv. 10P1622

Letras e Pente

Lourdes Castro (1930-2022)

Letras e Pente, Inv. 10P1623

Pôr do Sol

Luís Noronha da Costa (1942-2020)

Pôr do Sol, Inv. 69P615

Pietá

Manuel Botelho

Pietá, 1999 / Inv. 01P1222

The Rest is Silence II

Noé Sendas (1972-)

The Rest is Silence II, 2003 / Inv. 04E1255

B - sides # 13 (carros)

Nuno Cera (1972-)

B - sides # 13 (carros), 2001 / Inv. 01FP457

B - sides #11 (túnel)

Nuno Cera (1972-)

B - sides #11 (túnel), 2001 / Inv. 01FP456

Os cegos de Praga XII

Pedro Cabrita Reis (1956-)

Os cegos de Praga XII, Inv. 98DP1715

Montanha #18

Pedro Gomes (1972-)

Montanha #18, 2002 / Inv. 02P1257

Love Wall

Peter Blake (1932-)

Love Wall, Inv. PE128

The Mirror Suitcase Man

Rui Calçada Bastos (1972-)

The Mirror Suitcase Man, 2004 / Inv. IM21

Durante o Sono

Rui Chafes (1966-)

Durante o Sono, Inv. 02E1226

S/Título

Rui Moreira (1971-)

S/Título, 2003 / Inv. 03DP1842

Historia de la Música Rock

Rui Valério (1969-)

Historia de la Música Rock, 2002 / Inv. IM20

A Hand of Bridge

Vasco Araújo (1975-)

A Hand of Bridge, Inv. 04E1273


Eventos Paralelos

Visita(s) guiada(s)

[Densidade Relativa. A Partir da Colecção do CAMJAP]

out 2005 – jan 2006
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna
Lisboa, Portugal
Visita(s) guiada(s)

[Densidade Relativa. A partir da colecção do CAMJAP]

ago 2006 – out 2006
Centro de Artes de Sines
Sines, Portugal
Oficina / Workshop

Introdução às Práticas Educativas em Museu e Exposições

21 set 2006 – 26 out 2006
Centro de Artes de Sines
Sines, Portugal
Visita(s) guiada(s)

[Densidade Relativa. A Partir da Colecção do CAMJAP]

nov 2005 – jan 2006
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna
Lisboa, Portugal
Visita(s) guiada(s)

Fazer a Ponte Arte/Ciência

nov 2005 – jan 2006
Fundação Calouste Gulbenkian / Centro de Arte Moderna
Lisboa, Portugal
nov 2005 – jan 2006
Fundação Calouste Gulbenkian / Edifício Sede
Lisboa, Portugal

Publicações


Material Gráfico


Fotografias

Leonor Nazaré
Leonor Nazaré
Leonor Nazaré
Leonor Nazaré
Luís Serpa (à esq.)
Ana Vasconcelos (à esq.)
Leonor Nazaré (à esq.) e Emílio Rui Vilar (à dir.)
Carlos Nogueira (à esq.) e Luís Serpa
Rui Chafes (à dir.)
João Queiroz (à esq.)
Cristina Sena da Fonseca (à esq.)
Emílio Rui Vilar (à esq.), Jorge Molder (ao centro) e Cristina Sena da Fonseca (à dir.)
Filomena Molder

Documentação


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Centro de Arte Moderna), Lisboa / CAM 00538

Pasta de arquivo com documentação referente à produção das duas edições da exposição «Densidade Relativa» no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, Lisboa, e respetiva itinerância em Sines (Centro de Artes de Sines e Centro Cultural Emmerico Nunes). Contém epistolografia; relatórios de montagem da itinerância; listas de obras e informações sobre seguros, transporte e restauro de peças. 2005 – 2006

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 119033

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG-CAMJAP, Lisboa) 2005

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 112263

Coleção fotográfica, cor: aspetos (FCG-CAMJAP, Lisboa) 2005 – 2006


Exposições Relacionadas

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