Sem título

N.º Inv.
ADP320
Data
c. 1989
Materiais e técnicas
Tinta acrílica sobre tecido colado em papel
Medidas
16 x 14 cm (mancha) 25,5 x 31,5 cm (papel)
Proveniência
Coleção privada
Inscrições

«A Dacosta»
[frente, canto inferior direito (fora da mancha)]

Esta obra foi oferecida por António Dacosta ao atual proprietário no ano de 1989, em Janville, onde o pintor residiu a partir de 1971.

Esta é uma das mais marcantes séries do pintor da década de 1980, onde o diferimento espacial e temporal da memória, enquanto evocação poética, é uma questão central. A série também foi das primeiras a incorporar elementos ou sinais de teor mais figurativo, como também uma maior assimilação da picturalidade, e menos da colagem, sendo decisiva na gestação da mitografia dessa década. A série desenvolveu-se enquanto evocação de um lugar de onde advém a memória e a saudade, sendo recorrente até aos finais da sua produção. A fonte, cujo jato de água se firmava como o verdadeiro signo identificador da série, através de um brasão simplificado num arabesco simétrico, convoca dimensões de purificação e origem. Para Dacosta, as Fontes de Sintra «são metáforas amorosas» e Sintra o «lugar onde melhor senti a magia do jato das águas… o amor em suma» (António Dacosta, declaração no filme António Dacosta – Pintor Europeu das Ilhas, 1984). Aqui, além da forma que reconhecemos como Fonte de Sintra, encontramos um pássaro no canto superior esquerdo, sendo que as aves são também motivos recorrentes da produção artística de António Dacosta e que encontramos noutras obras em combinação com o signo da série [ADP261; ADP263].


Exposições


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