A importância de ensinar cidadania para a vida em comunidade

O projeto Literacia para a Cidadania da Associação Portuguesa para a Cultura e Educação Permanente vai juntar jovens de Oeiras, Benedita e Vila Nova de Poiares em sessões de trabalho para desenvolverem iniciativas e campanhas de literacia democrática e sustentabilidade ambiental.
Literacia Para A Cidadania

No âmbito do projeto Literacia para a Cidadania, integrado no Cidadãos Ativos , a Associação Portuguesa para a Cultura e Educação Permanente (APCEP) pretende juntar jovens de diferentes contextos para juntos trabalharem o conceito de cidadania. Sem aulas, nem secas, o intuito é chamar a atenção para a comunidade.

Ganhar consciência dos direitos e deveres de cada um é o ponto de partida para perceber o conceito de cidadania e esse conhecimento, garante Manuela Paulo, adquire-se em comunidade, no tratamento do outro com cidadania.

 

Ouça a peça sobre a Literacia para a Cidadania, do programa Cidadãos Ativos

 

“Principalmente com respeito”, alerta, mas “também na consciência cidadão, ter consciência dos seus direitos e deveres” e essa “consciência adquire-se muito em comunidade, no seu território, no seu local, percebendo quais são as questões que não estão bem e apercebendo-se que junto com outros locais podem e devem transformar e construir uma sociedade mais igualitária e justa”.

Para que tal aconteça, a Associação Portuguesa para a Cultura e Educação Permanente vai juntar jovens que pertencem ou trabalham com comunidades vulneráveis.

“A ideia é que esses jovens conheçam os problemas do seu local e do seu território, mas também dos outros. Que troquem experiências e saberes e que participem em intervenções dentro dos outros territórios”, explica a gestora do projeto Literacia para a Democracia.

A diretora da APCEP, Lucília Salgado, acredita que os jovens vão aderir ao programa e garante que não será como estar numa sala de aula: “Não lhes vamos dar aulas nem secas, vamos perante situações concretas analisá-las”, frisou, explicando que vão ser estudadas questões como o racismo, a democracia, a importância de toda a gente ter direito a falar.

A associação quer colocar os jovens a pensar na intervenção social, mas antes de mais neles próprios através, por exemplo, de uma espécie de Facebook oral.

As pessoas irão “falar de si sempre com coisas positivas”, explicou Lucília Salgado, acrescentando que “vamos à procura de potencialidades e as pessoas gostam quando se lhes pede para falar de si”.

Para já, a associação conta com cerca de 30 jovens, mas os responsáveis acreditam que o numero pode crescer. O primeiro encontro decorre já no final de setembro na Benedita, o segundo será no Algarve e o terceiro acontece, em dezembro, em Vila Nova de Poiares.

 

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Atualização em 28 agosto 2019

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