• 1949
  • Papel Agfa
  • Fotografia
  • Inv. FP199

Fernando Lemos

Mario Cesariny de Vasconcelos

Quando Lemos fotografou Cesariny, já este tinha abandonado o “Grupo Surrealista de Lisboa”, formado em 1947, para criar um projecto alternativo, em 1948, denominado “Os Surrealistas”, ao qual se juntou António Maria Lisboa, Cruzeiro Seixas, Pedro Oom e Mário Henrique Leiria, entre outros.

Estava feita a divisão deste movimento em Portugal que, a partir das exposições dos dois grupos em 1949, começou a perder o sentido do colectivo, tendo em 1952 o seu último ponto alto na mostra de Azevedo Lemos e Vespeira, na Casa Jalco.

De “Os Surrealistas”, Mário Cesariny, contemporâneo de Lemos nos tempos de estudante na Escola de Artes Decorativas António Arroio, foi o único a ser fotografado.

No claro/escuro da imagem, Cesariny afronta de uma maneira directa o fotógrafo com uma pose algo agressiva, da qual sobressai o punho fechado que suporta o queixo, e que bem poderia significar as polémicas e ataques pessoais entre os dois grupos surrealistas na altura.

Lemos, no entanto, quando apresentou esta imagem no Museu de Arte Moderna de Sintra – Colecção Berardo, em 2005, preferiu, em subtítulo, sublinhar a importância da vertente da escrita em Cesariny ao referir, “A Mão Secreta da Escrita”, aliás intenção essa revelada, de igual modo, na apresentação da imagem no ano anterior, na Pinacoteca de S. Paulo, ao defini-lo como poeta, e fazendo da mesma maneira alusão à escrita com o subtítulo, “A Mão, Segredo da Escrita”.

JO

TipoValorUnidadesParte
Altura45,5cmmoldura
Largura30cmpapel
Largura45,5cmmoldura
Altura33,8cmpapel
TipoA definir
DataA definir
Atualização em 08 setembro 2021

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