Coletivo Landra: «As instituições são sempre formadas pela visão do que é a sociedade»
Como é que surge a dupla artística Landra?
Sara Rodrigues: Eu e o Rodrigo conhecemo-nos em 2013, em Londres, e temos vindo a trabalhar em vários projetos conjuntos desde então. Também trabalhávamos individualmente nos nossos próprios projetos artísticos – tanto o Rodrigo mais a nível da música, como eu a nível das belas-artes, e fazendo uma intersecção destas práticas, em performance, instalações, etc.
Estudando mais dentro do ramo da arte e da ecologia, acabámos por perceber que fazia sentido voltar para Portugal, arranjar um terreno e trabalhar na prática. Fizemos em Londres ainda um curso de permacultura e a seguir especializámo-nos também em microbiologia da terra, para fazer análises de solo. A partir daí, a nossa investigação começou a ficar mesmo muito focada na terra e na ecologia analítica.
Rodrigo Camacho: Landra quer dizer «bolota», no norte de Portugal, e em muitas regiões do noroeste ibérico também. É uma palavra ativamente utilizada na Galiza e, em alguns sítios do norte de Portugal, Alto Minho e zona do Gerês.
Quando fomos para o sítio que agora chamamos de Landra, que se chamava Quinta do Carvalhal em Cabeceiras, descobrimos, nos primeiros meses, que as bolotas eram comestíveis. Andámos a estudar o livro do César Lema Costas – Manual de cocina bellotera para la era post petrolera – e a partir desse momento, de percebermos que as bolotas eram bem mais úteis do que serem apenas forragem para animais, começámos a trabalhar muito sobre a questão da autossubsistência de um ponto de vista mais localizado, mais regionalizado, com noções do que é que é possível fazer-se no sítio em que estávamos. A partir do momento em que nos começam a chamar Landra, porque somos da Landra; os artistas da Landra, aceitamos esse nome como o nosso nome; o nome do coletivo; o nome do sítio.
De que forma é que a cultura do noroeste da Península Ibérica está presente nos vossos projetos?
S: A bolota tornou-se um símbolo muito importante. A bolota, na verdade, está em toda a Península Ibérica, e espalhada por uma grande parte do hemisfério norte, mas tem um foco muito importante nas culturas celtas, já desde a antiguidade. E, no noroeste, temos particularmente o Quercus Robur e a floresta que nos envolve. Nós estamos mesmo no meio de um carvalhal, no fundo de um vale, pelo que o Quercus Robur torna-se muito importante para nós, como símbolo da autonomia, da autossubsistência das pessoas, que foi sendo esquecida.
O mesmo com o nome landra – utiliza-se o nome geral de bolota, mas landra era mesmo regionalmente usado e essa importância relaciona-se muito com uma subsistência, em que as pessoas poderiam utilizar os recursos da floresta; utilizar o meio de onde vinham e viver com eles, respeitando-os.
R: Sim, isso é uma cultura que ainda permanece muito viva no noroeste ibérico, por mais industrializado que seja, principalmente nas zonas costeiras e de semi-interior. Existe ainda a noção de que a floresta é necessária e o facto de ela ser mais ou menos biodiversa, importa. Não é talvez a cultura institucional mais recente, ou seja, não é o modus operandi na camada dos decisores políticos, por exemplo, daí haver tanta plantação de eucalipto no norte da Galiza. Mas está na cultura das pessoas que vivem na ruralidade esta noção de que a floresta é necessária e é dela de onde vêm a maior parte dos recursos, principalmente a água. A noção de que a água, que é tão fulcral no funcionamento do minifúndio minhoto, é algo que vem da floresta está inabalada. E as pessoas revoltam-se muito quando há medidas que são contra a floresta.
Nós incorporamos essas noções de que a floresta é necessária e importante, e que tem um valor simbólico e cultural super profundo nos nossos trabalhos, tanto ao nível do discurso como a nível prático. Quando produzimos ementas, quando fazemos análises microscópicas, estamos sempre a afirmar abertamente que o que a sucessão ecológica está a tentar fazer é levar todos os biomas para a floresta. Daí sermos silvocêntricos nesse aspeto. No nosso trabalho, a nível prático e filosófico, é totalmente uma cultura daquela região que estamos a incorporar.
Como é que se alia a investigação de áreas tão distintas como a bioquímica, a microbiologia, a ecologia, a política e a sociologia, às práticas musical, gastronómica e à performance?
S: Trazendo, outra vez, a questão da bolota ao de cima, é interessante ver como é que sociologicamente e politicamente ela foi sendo esquecida pelas populações. Isto é algo que não é apenas natural, ou que acontece, mas que muitas vezes vem mesmo de regimes que são implementados e que conscientemente querem fazer com que as populações esqueçam certas formas de cultura; certas formas de se relacionar com o meio. Assim é mais fácil depois controlá-las, ou seja, distanciá-las de um regime em que viviam com a floresta e do que a floresta lhes dava.
E a bolota, temos que ver que ela é um alimento super completo, tem todos os aminoácidos essenciais, fonte de proteína e de hidratos de carbono. E que poderia substituir os grãos anuais, que é a base de alimentação da população moderna, feita à base de monoculturas que exigem que se destruam florestas para termos acesso à alimentação. Quase toda a nossa alimentação contemporânea é feita à base de plantas anuais, ou seja, revira-se a terra industrialmente, com tratores, com maquinaria pesada, combustíveis fósseis, para ter os alimentos de que precisamos todos os anos, destruindo-se cada vez mais ecossistemas inteiros.
Em relação à bolota, conseguiríamos viver com ela como base alimentar, e com muitos outros frutos, uma variedade de alimentos que vêm dos sistemas florestais ou de um sistema agroflorestal, que complementa esses sistemas, com uma produção bastante variada, que é o que nós tentamos implementar na Landra. Temos agora um sistema de agrofloresta em crescimento.
É visto mesmo em livros como o Manual de cocina bellotera, que muitas vezes há certos regimes que tentam apagar essas culturas, tanto no regime fascista como foi o do Franco em Espanha, como foi o de Salazar em Portugal, e mesmo antes, em que é dito aos miúdos nas escolas que a bolota é para os animais; que não é para os humanos e que as pessoas civilizadas não comem bolota, aliada às campanhas do trigo.
Depois, obviamente, quando as pessoas têm já vergonha dessas próprias culturas e vão se afastando delas, cada vez mais aproximando-se de um sistema monetário e de um sistema em que é preciso termos um trabalho remunerado para depois podermos comprar aquilo que nos vai dar a subsistência, em vez de conseguirmos viver com essa subsistência à partida e termos o dinheiro só como um excedente para o que fosse preciso a seguir a termos já estabelecido a nossa própria independência como seres no meio ambiente.
R: Esta leitura crítica da história que nós fazemos sempre nas nossas investigações e processos de criação, quando estamos a trabalhar em obras novas, não pode existir à solta e de forma despregada de todas as narrativas da ecologia, das disciplinas mais pormenorizadas da ciência, principalmente da ciência viva, mas também da geologia, porque todas estas coisas estão, como é óbvio, interligadas.
Nem sempre a forma como as coisas se interligam é a mais clara, e o nosso trabalho passa muito por clarificar as ligações. Quando a Sara está a falar do processo de esquecimento forçado de uma cultura e da substituição dessa cultura por outra, que sirva princípios economicistas, nada disto está desrelacionado com a degradação ecológica; nem está completamente isento de responsabilidades na degradação dos ciclos hídricos, por exemplo, na necessidade das pessoas terem que eventualmente recorrer às lógicas de mercado para conseguir ter o que antes era garantido ou para ter as qualidades que eram muito mais bem dispersas por todas as camadas sociais; para conseguir ter essa qualidade, pagando mais.
Muito do que nós fazemos é usar a microbiologia para mostrar como é que as florestas regeneram ou se deterioram; para falar, por exemplo, da política do carbono – quanto é que é sequestrado, quanto é que é emitido, quanto é que é incorporado por ecossistemas diferentes, mais ou menos biodiversos, mais ou menos resilientes. Então, a comida, como é óbvio, está no meio disto tudo, cada vez mais, para falar destas coisas todas de uma maneira sensorialmente límpida. É claro, as pessoas sentem e percebem, com os sentidos, as narrativas que nós estamos a construir, para elucidar estes problemas todos que, na maior parte das vezes, são vistos como coisas que não se tocam. E não podia ser mais mentira.
S: Sim, na performance que apresentámos na Fundação Gulbenkian – A Emergência da Instituição – baseamo-nos numa peça inicial que é a Grande Sucessão, que basicamente conta a evolução dos biomas terrestres; como é que eles vão avançando desde o início do próprio universo, da formação da Terra, a florestas milenares.
Com as análises microscópicas que temos vindo a fazer, conseguimos identificar os percursos da vida, desde o início da mineralidade, desde o início da vida em que começam a aparecer as primeiras bactérias, até ao avanço das várias camadas tróficas da terra, dos protozoas, dos nematoides, até a fungos super diversos e com conexões muito específicas com árvores e com uma rede de inteligência muito grande em termos de captação de nutrientes, de água, dessa transferência, até à própria captura de carbono, que é cada vez mais eficaz nesses ecossistemas mais resilientes.
R: Sim, fazemos também paralelos, porque isto depois conflui de formas inesperadas, às vezes em espirais, em que num discurso há entradas e saídas para coisas que estão em paralelo, às vezes noutras escalas, bastante relacionadas, mas só descobrimos que a relação existe quando estamos a percorrer estes caminhos.
Nós fazemos paralelismos, muitas vezes, com sistemas a outras escalas, por exemplo, sistemas de organização humana, socioeconómica, política, a partir da biologia e da fitossociologia, por exemplo: como é que as plantas se dão umas com as outras, a colaborar e a decidir quem é que faz o quê? Quem é que se liga a cada subsistema de raízes? Quem é que é favorecido? Quais são as prioridades? Esses sistemas de tomadas de decisões e de convivência e de partilha, e de competição às vezes por recursos, não são em nada separados ou diferentes dos nossos próprios sistemas.
Em momentos, sítios e escalas de complexidade diferentes há sempre qualquer coisa que noutra escala já foi inventada, já existia ou ainda existe, desenvolve-se, e também essa parte é uma das nossas especialidades. Podemos dizer que é o desenvolvimento de narrativas e de discurso filosófico, a partir de coisas que não são necessariamente humanas, mas podem também ser, e nessa grande mistura de coisas interconectadas e em relação, encontramos sempre coisas que podem ser modelos ou aprendizagens; que podemos fazer para mudar a nossa maneira de fazer as coisas.
Que obstáculos encontram à mudança nas instituições culturais em Portugal?
R: A partir do momento em que começámos a desenvolver a peça que a Sara já referiu – A Grande Sucessão –, começámos a desenvolver pensamento mais sério e mais rigoroso sobre teoria de sistemas. Teoria de sistemas é uma coisa que eu, entretanto, estudei a fundo, mas nunca pus em prática, nem de forma discursiva, nem de forma técnica, até recentemente, com o desenvolvimento mais recente desta peça, que foi A Emergência da Instituição na Gulbenkian. Aqui conseguimos criar um sistema de análise e de interpretação de instituições ao longo de uma escala cronológica. Ou seja, nós começámos a prestar atenção àquilo que é a primeira vez que algo pode acontecer, ou acontece porque pode acontecer, tem as condições reunidas para que tal aconteça, em termos de institucionalização, logo, a afirmação de uma forma de funcionamento, de uma estrutura, de uma lógica de organização.
A partir do momento em que algo é possível, tentamos perceber porque é que não era possível antes e porque é que passa a ser possível agora e como é que isso pode ser uma base para que outras coisas, noutras ordens de complexidade, aconteçam.
Isto são operações sempre semelhantes – a escalas diferentes de análise – de ver o semelhante e o diferente; que ocorre de uma maneira ou de outra. Isto dá muita informação para perceber, por exemplo, a capacidade de adaptação de instituições face a mudanças, mais ou menos repentinas, ou a capacidade de evolução, criativamente, mesmo na ausência de condições extremas que poderiam pôr em causa a subsistência ou a forma de organização atual de uma organização.
Quando temos estas informações, vemos muitas das vezes padrões a ocorrerem ao longo da história. E estamos a falar da história do universo, que inclui fases há muitos milhões de anos em que nem a matéria era estável, nem os átomos eram possíveis, nem moléculas orgânicas eram uma coisa que existia.
Incorporamos a história dessas fases numa forma linear de perceber como é que as coisas passam a ser possíveis e deixam de ser possíveis, para que consigamos também perceber como é que, nestes padrões de acontecimentos, coisas são mais ou menos prováveis. Agora, no que toca a nós, na nossa própria sociedade, conseguimos antever colapsos, conseguimos perceber melhor as histórias de sobrevivência e de adaptação, desde a nível pessoal e familiar até à escala de civilizações, sociedades e impérios inteiros.
Percebemos que um dos padrões é o de que a escala importa, o peso importa e a eficácia inerente na utilização de grandes quantidades de energia é geralmente algo que está par a par com o facto de que essas grandes organizações, eficazes e potentes, colapsam mais facilmente. Têm um grau de fragilidade muito maior face a adversidades e mudanças súbitas, ou seja, a grande dificuldade que nós vemos nas organizações, não só em Portugal, mas em todo o lado, é a incapacidade de transferir a energia – que pode estar em recursos, em investimentos, em estruturas, em ideias, em projetos – mas que é energia porque é investimento de pessoas, de material e de capital da grande massa. Toda a potência de uma instituição deveria ser mais dispersa e mais interligada, e não centralizada.
A grande dificuldade é perceber qual é o ponto a partir do qual o crescimento se torna altamente problemático porque não é acompanhado de formas engenhosas e sofisticadas de adaptação desse tamanho, dessa quantidade de energia por espaço. Ou seja, quando a complexidade fora da instituição aumenta a um ponto em que a complexidade interna não é capaz de entender essa alteração, os problemas para a manutenção do todo uno e coeso são exponenciais. É igual em qualquer instituição na medida em que a complexidade, o tamanho, o peso e a centralidade, são pontos fulcrais para a fragilidade dessa coisa que se quer una e que tem sempre limites.
S: Acho que as instituições também são sempre formadas pela visão do que é a sociedade, de como é que ela está atualmente a funcionar, tanto culturalmente como politicamente. Quando isso muda, quando as exigências e desafios são outros, há sempre uma interferência no que é que as instituições são ou deveriam ser e, quanto maiores, mais desrelacionadas ficam com a população, com as pessoas que fazem parte delas ou com sítios onde as instituições acontecem. Eu acho que, às vezes, é difícil porque as instituições acabam por ficar estagnadas na ideia do que é que são. Às vezes a visão é mais limitada do que poderia ser, e não há uma imaginação de como se poderia transformar em relação aos desafios e às necessidades reais das pessoas e do mundo atual.
R: Também não nos martirizamos com a incapacidade de encontrar algo que faça sentido a uma escala maior do que nós. Ou seja, o colapso é ok. Porque após um colapso há muita matéria, muita energia, muito conhecimento que não é destruído e que é reciclável. Isto é uma das dicas que nós podemos deixar a partir dos estudos de sistemas complexos, principalmente do ponto de vista da biologia: a reciclagem de conhecimento, de energia, de matéria é provavelmente uma das condições fulcrais para que a vida exista. Não é um recurso extra, é um fator embutido na mecânica da vida.
Quando as instituições colapsam, seja a que escala for – pode ser à escala do corpo humano, da família, das organizações sociais, dos estados ou organizações internacionais – há sempre recursos a serem reciclados. A reciclagem faz com que a adaptação aconteça de forma natural e bastante eficiente quando os desperdícios ficam disponíveis para outras instituições mais dispersas, mais plurais e geralmente a uma escala mais pequena. E isto na nossa cultura é evitado a todo custo. O medo da morte é uma coisa que está instituída também e o que nós estamos a dizer é que é mais ok do que se pensa.
S: No entanto, estamos a falar, neste momento, em grandes colapsos globais que vão trazer sofrimento a muita gente e a muitos ecossistemas e que seriam desnecessários caso as coisas fossem feitas de uma maneira diferente.
O problema também dos grandes colapsos é que muitas vezes as entidades que sofrem mais, as pessoas que sofrem mais, são as que não contribuíram. Acabam por arcar com as consequências de um sistema em que elas próprias vivem, e que muitas vezes participam, mas não estão propriamente no controlo de o mudar.
R: Vamos ver quem desaparece, mas provavelmente esta forma de trabalhar, de pensar, de movimentar a economia, a energia, as pessoas, a matéria e o capital pelo globo, não se adapta tão bem quanto as pessoas que fazem agricultura de subsistência nos trópicos, que supostamente é quem vai ser mais afetado. Em escalas mais pequenas há uma adaptabilidade que é difícil, para não dizer impossível, de aplicar a escalas mais complexas. Esta é a dificuldade das organizações.
Como correu a experiência organizada pelo CAM? O que sentiram da reação do público à vossa performance?
S: Eu acho que quando se está em performance é sempre difícil avaliar a perceção do público. Acho interessante também porque, obviamente, mesmo em termos do contexto da Fundação Gulbenkian, é algo que não é feito tão regularmente: uma performance que envolve comida, que é quase um almoço que tem vídeo, que tem música.
Nós usamos o piano, abrimos a caixa toda, fazemos coisas ao vivo, estamos a servir às mesas. Acho que há um pouco de resistência ao início, quando damos o primeiro copo com água, das pessoas a tentarem perceber o que é aquilo. Quando entra também a primeira comida, que vem das bactérias – spirulina seguida de algas – mesmo tendo lá um garfo, existe alguma resistência em provar.
Houve certas pessoas que nos disseram «nós não sabíamos se era para comer. Estávamos à espera que a performance fosse avançando para perceber se vinha mais comida e se era só para comermos no fim». É interessante ver a reação das pessoas a este tipo de atuações, que não são tão comuns, e tentar perceber como é que elas próprias atuam nesses contextos.
Acho que também havia vários estímulos e então as pessoas iam alternando entre o que é que estavam a ver no ecrã, com as análises microscópicas, o que estavam a ouvir, e o que tentavam saborear. Mas, no fim, depois de estarem bastante sérias e concentradas na performance, pareceram contentes. Agradeceram-nos bastante a experiência, porque disseram que foi muito imersiva e que conseguiram aprender várias coisas dentro desse contexto tão multidisciplinar e, que na verdade, era quase uma viagem.
R: Sim, uma viagem, é sempre o que a maior parte das pessoas diz. E acho que isso também só aparece na perceção deles depois de uma boa meia hora, se não uma hora, de ir percebendo que componentes é que estão envolvidos. No início, as expressões faciais são muito sérias, ou são confusas, e não conseguimos ler como é que está a correr para as pessoas. Depois de um certo tempo, acabam por sentir que estão nessa viagem, deixam-se levar.
Mas no início, acontece isso. Como é tanta coisa, tão cheia de informações diferentes, há um género de choque, um afrontamento com a diversidade. É um bocado duro para nós no início perceber se as pessoas estão a gostar ou não. Mas no fim, regra geral, a receção é sempre muito boa.