Lugar Infinito

Fábrica de Projetos

Projeto participativo com escolas do primeiro ciclo

Lugar Infinito é uma instalação site-specific pensada para o Jardim Gulbenkian e concebida como um novo lugar de encontro e comunhão. A obra resulta de um período de colaboração de nove meses entre o artista residente Fidel Évora, os alunos das escolas do Agrupamento Marquesa de Alorna, em Lisboa, e a equipa de mediação. A instalação vai ser inaugurada no dia 26 de junho, no Jardim Gulbenkian, onde se vai realizar uma conversa com os muitos fazedores

A segunda edição do projeto Lugar aprofunda questões de identidades biográficas, culturais, sociais e fala das revoluções que nos faltam fazer. A investigação e a prática artística de Fidel Évora ecoam como demonstração do intenso processo participativo de debate, reflexão e cocriação artística com os alunos do ensino básico em torno dos lugares que ocupamos, fazemos e desejamos.

Coordenado por Andreia Dias da área de educação, mediação e participação do CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian, esta edição teve a duração de um ano letivo – 2023/2024 – e envolveu 142 alunos de seis turmas do 3.º e 4.º anos. Os professores Bruno Fernandes, Catarina Matos, Conceição Ramos, Sílvia Lino, Taís Kabat Holtz e Vera Camacho, as mediadoras Mariana Faria e Andreia Coutinho, e o artista Fidel Évora participaram ativamente no desenho e desenvolvimento deste projeto que se desdobrou em sessões quinzenais com os alunos e que culminou na instalação Lugar Infinito.

Desenhos desenvolvidos nas atividades do projeto Lugar Infinito

A edição anterior contou com Márcio Carvalho como artista residente da qual resultou a instalação Lugar(es), que desafiava o modo como o conhecimento é tradicionalmente produzido e invertia simbolicamente a dinâmica de poder da sala de aula convencional, colocando as mesas dos alunos no topo e amplificando a sua voz coletiva através de uma instalação sonora.

Enquanto parte da programação da Fábrica de Projetos, Lugar é um projeto participativo que incide na área da cidadania, direitos humanos e justiça social. Num terreno partilhado entre o museu e a escola, tendo a arte como linguagem de pensamento e explorando novos caminhos possíveis para a educação artística no mundo contemporâneo, Lugar investe em valores como a empatia, a inclusão, a equidade, a interculturalidade e a democracia.

A Fábrica de Projetos tem desenhado propostas educativas para a promoção de lugares de cruzamento e diálogo entre o museu e a escola, assumindo questões de cidadania como campo de trabalho – reforçando o papel cívico das instituições culturais – e a educação artística como eixo estruturante.


Fidel Évora

Fidel Évora (Cabo Verde, 1984) cresceu no Barreiro e estudou imagem e comunicação na ETIC e Motion Graphics na BAU Escola Superior de Disseny, em Barcelona. Procura cultivar o seu gosto pela pesquisa e pela preservação dos artefactos, recuperando memórias importantes para a identidade coletiva e pessoal; cria composições entre o real e o fictício, criando diálogos esquecidos propositada ou involuntariamente. Em 2021 participou nas exposições coletivas «Linha Imaginária», no MU.SA Museu de Artes de Sintra, e «de Dentro e Fora – Colectiva de Artistas de Cabo Verde», na UCCLA Lisboa.

 

 

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