Primeira exposição permanente da Coleção do CAM, 1983-1985
A 20 de julho de 1983 foi inaugurado o edifício do Centro de Arte Moderna (CAM), construído para albergar e expor a coleção reunida pela Fundação Calouste Gulbenkian desde o final da década de 1950. A primeira exposição de caráter permanente da Coleção, considerada a mais relevante e abrangente coleção de arte portuguesa do século XX, esteve patente ao público durante quase dois anos e integrou 550 obras de 225 artistas nacionais e internacionais.
Esta apresentação, com projeto do então diretor do CAM, José Sommer Ribeiro, desenrolou-se em vários espaços do edifício. No hall, que antecede a nave, os visitantes eram recebidos por obras de José de Almada Negreiros, nomeadamente as tapeçarias realizadas a partir dos frescos da Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos e algumas das suas mais conhecidas pinturas.
A nave central apresentava o maior número de obras, sobretudo pinturas e esculturas realizadas entre 1911 – data atribuída ao início do modernismo português – e 1940, seguindo uma ordem cronológica. No piso 1, os visitantes podiam encontrar obras de arte internacionais, com destaque para o núcleo de arte britânica focado nos anos de 1960. No piso -1, apresentavam-se dois núcleos distintos: o primeiro dedicado à gravura e ao desenho de artistas portugueses e o segundo albergava esculturas de pequena dimensão e peças de design e mobiliário.
Esta montagem foi substituída, em meados de 1985, por uma segunda mostra da Coleção, que esteve disponível ao público até setembro de 1989.
História das Coleções
No catálogo digital, pode explorar as 1343 exposições de arte organizadas pela Fundação entre 1957 e 2016.
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