Paula Rego entre as mulheres mais influentes do mundo
No ano em que a Tate Britain, em Londres, foi palco da maior exposição retrospetiva da obra de Paula Rego – que teve lugar entre julho e outubro e juntou 100 obras da sua autoria –, exposição que viajou até Haia, e que contou com a colaboração do CAM através da cedência de 10 obras da sua coleção, o jornal Financial Times incluiu a artista na sua lista das 25 mulheres mais influentes do mundo. Lançada anualmente, a lista «Women of the Year» celebra mulheres de todo o mundo e de diferentes indústrias com um papel preponderante no ano precedente.
Paula Rego nasceu em Lisboa em 1935, em pleno Estado Novo, e viveu em Portugal até aos 16 anos, altura em que se mudou para Inglaterra, onde viria a ingressar a Slade School of Fine Art, escola onde conheceu o seu marido, o também pintor Victor Willing. Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1962 e 1963, Paula Rego teve um papel fundamental na arte figurativa, revolucionando a presença feminina no campo artístico.
O seu trabalho, muitas vezes considerado chocante, denuncia o autoritarismo político, a injustiça e a violência, exaltando especialmente o papel da mulher, os seus prazeres e desafios. Paula Rego explorou várias técnicas, da pintura à colagem, passando pelo desenho e pela gravura, inspirando-se em diferentes elementos da arte erudita e da cultura popular.