Obras do CAM na exposição retrospetiva de Cruz-Filipe

Treze obras da Coleção do CAM integram a exposição «Cruz-Filipe. Modo de Ver», onde se traça a evolução do trabalho do artista desde a década de 1970 até 2020.
04 mar 2024

Depois de, em 2007, o CAM – Centro de Arte Moderna Gulbenkian ter apresentado uma exposição individual de Cruz-Filipe, pode ser agora visitada gratuitamente e até dia 15 de abril, na Galeria do Piso Inferior, uma mostra retrospetiva com cinquenta e sete obras do pintor. Da exposição fazem parte treze pinturas da Coleção do CAM e ainda dez telas inéditas pintadas a partir de 2015.

De uma forma muito singular, a obra de Cruz-Filipe conjuga a pintura e a fotografia através do uso de tinta acrílica sobre telas fotossensibilizadas, uma técnica da qual o artista foi um dos principais pioneiros em Portugal. Com curadoria de Ana Vasconcelos, a exposição inclui obras do CAM bastante representativas dos vários períodos do trabalho do artista, sendo maior a predominância de pinturas realizadas nas décadas de 1970 e 1980 e as mais recentes duas obras intituladas Ficções, de 2013. 

Herdeiro de uma matriz pop, o trabalho de Cruz-Filipe desenvolveu-se através de um olhar seletivo sobre a história da pintura ocidental, sobretudo a pintura italiana e flamenga dos séculos XVI e XVII mas também o romantismo alemão do início do século XIX. A justaposição de imagens de pormenores retirados da pintura antiga e o trabalho pictórico sobre essas diferentes camadas acentuam a ambiguidade e o mistério contidos na sua obra. Intervalle du temps (1982) e No Limiar da Paisagem (1999) são duas das obras da Coleção do CAM nesta exposição em que podemos encontrar estas características. 

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