Francis Smith no MNAC
Entre 10 de junho e 3 de outubro, o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado (MNAC) apresenta uma exposição em torno da obra do pintor Francis Smith (1881-1961), cujo título – Francis Smith. Em Busca do Tempo Perdido – nos remete para Marcel Proust, de quem o artista foi amigo. Esta exposição é a primeira investigação a fundo acerca do trabalho deste artista modernista de origens inglesas, mas nascido em Portugal e naturalizado francês.
Francisco Smith – mais tarde simplificado para Francis Smith – nasceu em Lisboa, mas mudou-se para Paris em 1907, onde contactou com vários artistas portugueses, como Amadeo de Souza-Cardoso. Embora tenha fixado residência na capital francesa, o pintor continuou a dedicar muitas obras à sua cidade natal, desenvolvendo uma carreira artística sólida em França.
O Centro de Arte Moderna cedeu para a exposição 22 obras do artista, realizadas entre as décadas de 1900 e 1960, muitas das quais se relacionam com o universo português, como Largo da aldeia, A Procissão, Pescadores, Aldeia Portuguesa ou Largo do Menino de Deus. Destaca-se ainda um retrato a carvão do pintor Manuel Bentes, amigo de Francis Smith, com quem partilhou uma viagem à Holanda, juntamente com os artistas Emmerico Nunes e Eduardo Viana.
Com curadoria de Jorge Costa, esta é a primeira exposição resultante de um protocolo entre o Instituto de História de Arte (IHA) da Universidade Nova de Lisboa, o MNAC (DGPC) e a Fundação Millennium bcp, através do qual se pretendem atribuir bolsas a investigadores para o estudo da obra de artistas representados nas coleções destas duas últimas instituições.