• 1954
  • Tela
  • Óleo
  • Inv. 68P501

Francis Smith

Largo de aldeia (Petite place au Portugal)

O pincel de Francis Smith revisita incessantemente os percursores da arte moderna Paul Cézanne (1839-1906), Paul Gauguin (1848-1903), Vincent Van Gogh (1853-1890). Por detrás da montanha azul que fecha o fundo do Largo da Aldeia (Petite place au Portugal, 1954), perfila-se o céu da atormentada visão da Igreja de Auvers (1890) do holandês. Paira, assim, nesta composição, uma estranha atmosfera em que a rectidão das pequenas figurinhas contrasta com um cenário movediço, que elas parecem percorrer qual marionetas presas por fios invisíveis. Numa notícia publicada (08/08/2007) no seu blogue, sobre a exposição “Istambul – Paris – Lisboa” (FCG, Agosto de 2007), o crítico de arte Alexandre Pomar refere-se ao “simulado ingenuismo” da pintura de Francis Smith. E é disso mesmo que se trata. Este largo da aldeia só aparentemente vive numa paz inocente. Vagamente ameaçada pelo inquietante plano de água central, que atrai o olhar do espectador e o fixa no negro insondável do seu fundo, a aldeia do fim da vida de Smith parece querer contar uma outra história que não a da ficção do tempo perdido de uma infância feliz. Daí que se torne necessário revisitar a sua obra aceitando pôr de parte, pelo menos momentaneamente, o redutor epíteto de “naïf”.

 

ILC

 

 

TipoValorUnidadesParte
Altura54cm
Largura65cm
Tipoassinatura
TextoFrancis / Smith
Posiçãoc.i.e.
TipoAquisição
Data17 de Outubro de 1968
Atualização em 23 janeiro 2015

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