Phillip King
Ripple
Tunes, Tunísia, 1934 – Londres, Inglaterra, 2021
Em 1958 Phillip King começa a estudar no Departamento de Escultura da St Martin’s School of Art, sob orientação de Anthony Caro (n. 1924). No ano a seguir, trabalha como assistente de Henry Moore e começa a dar aulas na St Martin’s. Nesta altura conhece o escultor David Smith (1906-1965) durante uma viagem aos Estados Unidos, que o encorajou a adotar o aço para trabalhar as suas formas geométricas abstratas.
Em 1960 recebeu uma bolsa para viajar até à Grécia, onde, inspirado pela arquitetura clássica, desenvolve, numa série de desenhos, uma abordagem abstrata à forma escultórica. Os seus trabalhos iniciais eram concebidos como objetos, realizados a partir de moldes de cimento ou gesso, numa abordagem propositadamente brutalista. Todavia, a partir de 1962 começa a utilizar tons de cor brilhantes e interessar-se pela modelação de diversos materiais, como a fibra de vidro, a madeira ou o plástico (que de início tinha recusado por envolver o método tradicional da soldadura). Nestes trabalhos predominam as estruturas cónicas e a repetição de formas geométricas. O efeito cinético deste conjunto teve impacto na exposição New Generation: 1965, na Whitechapel Art Gallery, em que participou, sendo escolhido para representar, em 1968, o Reino Unido na Bienal de Veneza, com Bridget Riley.
Em 1969 mudou-se para Dunstable, doravante interessado num certo tipo de figuração escultórica. No mesmo ano trabalhou três meses no Japão, onde regressou durante largos períodos nos anos 90 para aprender a utilizar cerâmica em construções monumentais.
Phillip King foi administrador da Tate Gallery (1967-1969), professor convidado do Bennington College, Vermont (1964), da Slade School of Fine Art, Londres (1967-1970), e da Hochschule der Künste, Berlim (1979-1980). Foi Professor de Escultura na St Martin’s (1958-1980), no Royal College of Art (1980-90) e na Royal Academy (1990-1999), lugar que ocupou até ser eleito Presidente da Academia Real Britânica (1999-2004). Em 2010 recebeu um prémio de carreira pelo International Sculpture Center.
Afonso Ramos
Maio de 2010