«Soot Breath/Corpus Infinitum» de Denise Ferreira da Silva & Arjuna Neuman
Ecologias Imateriais. Encontros para reconectar a terra e o corpo.
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Soot Breath/Corpus Infinitum é um filme dedicado à ternura. Reproduz a sensibilidade radical que aprendemos ao ouvir o blues, ao ouvir a pele, o calor, os ecos, ao ouvir-nos a nós próprios.
Suscita-nos a pergunta: pode a ternura dissolver a violência total? Podem as lágrimas afastar a extração total?
Para o conseguir, reimaginamos o ser humano e a formação do sujeito para lá do desejo predador e da abstração mortal, afastado da mente e dos olhos e dos sentidos nobres, afastado da extração total e das suas articulações, como a etnografia, os regimes que estabelecem fronteiras, a escravatura, o abuso sexual, o comércio e a mineração.
Em vez disso, procuramos a pele, a ressonância e a ternura como matérias-primas da nossa reimaginada sensibilidade terrosa. Lembramo-nos de que a ternura é suave como a erva maleável, e que prestar atenção é cuidar, servir. Sabemos que servir é o oposto da escravatura, e que a violência se dissolve com o cuidado.
Um conjunto de instalações que integram som, escultura, filme e performance são apresentadas a par de uma seleção de obras da Coleção do Centro de Arte Moderna, criando um cenário atmosférico pelos edifícios da Fundação Gulbenkian e pelo Jardim.
No hall do Edifício Sede serão expostas obra de Lourdes Castro e de Mimosa Echard. Na sala 1 e no Jardim, poderemos encontrar instalações de Martín Llavaneras, e na sala 2 estará representada a artista Sunny Pfalzer. Por último, um filme de Denise Ferreira da Silva & Arjuna Neuman será projetado no Auditório 2.
IMAGENS
BIOGRAFIAS
Denise Ferreira da Silva é artista e também professora e diretora do Social Justice Institute (GRSJ) da University of British Columbia (UBC) e professora adjunta na School of Art, Design and Architecture da Monash University. É autora de Toward a Global Idea of Race (University of Minnesota Press, 2007), A Dívida Impagável (Oficina de Imaginaçāo Política e Living Commons, 2019), Unpayable Debt (Sternberg/MIT Press, 2021) e co-editora (com Paula Chakravartty) de Race, Empire, and the Crisis of the Subprime (Johns Hopkins University Press, 2013). Tem vindo a publicar artigos em importantes revistas académicas interdisciplinares. A sua obra artística inclui filmes com Arjuna Neuman assim como as práticas artísticas relacionais Poethical Readings e Sensing Salon em colaboração com Valentina Desideri. Realizou exposições e palestras no Centre Pompidou (Paris), Whitechapel Gallery (Londres), MASP (São Paulo), Guggenheim (Nova Iorque), e MoMA (Nova Iorque). Escreveu para publicações da Bienal de Liverpool (2017), Bienal de São Paulo (2016), Bienal de Veneza (2017) e Documenta 14 e artigos para as revistas Canadian Art, Frieze Magazine, Pass, Texte Zur Kunst, e e-flux. É membro do Collective EhChO.org e editora no Third Text.
Arjuna Neuman é artista, realizador e escritor, com apresentações recentes no CCA Glasgow; Centre Pompidou (Paris); Manifesta 10, (Marselha); Showroom Gallery (Londres); Gallery TPW (Toronto); Forum Expanded, Berlinale (Berlim); Jameel Arts Centre (Dubai); 10.ª Bienal de Berlim (Alemanha); Serpentine Galleries (Londres) X Bienal de Qalandia (Palestina); Gasworks (Londres); Bold Tendencies (Londres); Or Gallery (Vancouver); Whitechapel Gallery (Londres); Istanbul Modern (Turquia); MAAT e Doclisboa (Portugal); Sharjah Biennial 13 (Emirados Árabes Unidos); Bergen Assembly (Noruega); NTU Centre for Contemporary Art (Singapura); 56.ª Bienal de Veneza e SuperCommunity; Industry of Light (Londres); Haus der Kulturen der Welt; Ashkal Alwan e Beirut Art Centre (Líbano); Le Gaîté Lyrique, (Paris); Canadian Centre for Architecture e RAT School of Art (Seul), entre outros. Enquanto escritor, publicou ensaios na Relief Press, Into the Pines Press, The Journal for New Writing, VIA Magazine, Concord, Artvoices Magazine, Flaunt Magazine, LEAP Magazine, Hearings e e-flux.
ECOLOGIAS IMATERIAIS
«Ecologia Imateriais» é uma programação que inclui conversas, concertos, performances, sessões de poesia e outras práticas artísticas em torno de reflexões sobre as dimensões imateriais e espirituais da ecologia.
Saber maisA Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.