- Turquia Oriental, Cutaia, século XVIII
- Faiança pintada sob o vidrado
- Inv. 927
Taça
Nos finais do século XIV, os arménios estabeleceram uma comunidade urbana em Cutaia, situada na Anatólia, a cerca de 200 quilómetros de Istambul. O fabrico de cerâmica em Cutaia remonta ao século XVI; no entanto, a atividade deste centro oleiro é quase desconhecida até ao século XVIII, época em que atinge o seu apogeu.
As cerâmicas de Cutaia caracterizam-se por uma pasta siliciosa, sem engobes, com vidrado alcalino-plúmbeo, e apresentam uma paleta cromática variada em que predominam os amarelos e verdes. Embora na técnica e na decoração se inspirem na célebre cerâmica otomana de Iznik, a sua originalidade reside, por um lado, na utilização da tonalidade amarela e, por outro, na produção abundante de peças com motivos da iconografia cristã.
No fundo desta taça estão representados peixes, símbolo do cristianismo primitivo, dispostos em círculo em redor de uma rosácea em forma de estrela.
Coleção Kevork L. Essayan. Adquirida por Calouste Gulbenkian através de Indjoudyian, 4 de fevereiro de 1922.
Ø 16 cm
Bochum 1995
Armenian Wiederentdeckung einer alten Kulturlandschaft, catálogo de exposição. Bochum: Museum Bochum, 1995, p. 317, n.º 210.
Lisboa 1998
A Arte e o Mar, catálogo de exposição. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1998, p. 163, cat. 134.
Nova Iorque 1999
Katharine Baetjer e James David Draper (eds.), «Only the Best”. Masterpieces of the Calouste Gulbenkian Museum, Lisbon, catálogo de exposição. Nova Iorque: The Metropolitan Museum of Art, 1999, pp. 22-23, cat. 5.
Nersessian 2001
Vrej Nersessian, Treasures from the Ark. 1700 Years of Armenian Christian Art. catálogo de exposição. Londres: The British Library, 2001, p. 152, n.º 72.
Lisboa 2001
Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2001, p. 71, cat. 51.