- Paris, c. 1735-1740
- Carvalho e madeiras exóticas; bronze; esmalte; vidro
- Inv. 195
Regulador
A caixa deste relógio, executada em estilo roccaille, constitui um exemplar notável, não só pelo belíssimo trabalho de marchetaria com motivos florais, como também pela sumptuosa decoração, em bronze cinzelado e dourado em que se destaca, no remate da peça, uma alegoria compósita, com figuras em vulto perfeito. A parte superior, ou «cabeça» apresenta o mostrador esmaltado, com três ponteiros, indicando horas, minutos e segundos, e encerra o mecanismo do relógio; logo abaixo, uma parte intermédia, permite o movimento da pêndula, observável através de um óculo; na parte inferior descem os pesos que fazem funcional o conjunto.
A este tipo de relógios, de caixa alta e pêndula muito comprida, era dado o nome de regulador, pelo seu alto grau de precisão, que permitia que por eles fossem acertados outros relógios. No exemplar que aqui vemos, a forma, muito contornada, adapta-se perfeitamente às necessidades do mecanismo que encerra.
Coleção Polovtsoff; Coleção Hodgskins. Adquirida por Calouste Gulbenkian na casa Duveen, Paris, abril de 1924.
A. 245 cm; L. 63 cm; Prof. 26 cm
Pradère 1989
Alexandre Pradère, «Meubles Français. La qualité qu’exigeait Gulbenkian», Connaissanse des Arts, n.º 446, Avril 1989, pp. 48-61 (p. 54, il.).
Lisboa 1999
A Arte do Retrato. Quotidiano e Circunstância, catálogo de exposição. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1999, pp. 138-139, n.º 47.
Coutinho 1999
Maria Isabel Pereira Coutinho, Mobiliário Francês do Século XVIII. Lisboa, Museu Calouste Gulbenkian, 1999, pp. 149-151, n.º 10.
Lisboa 2001
Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2001, p. 119, cat. 93.