• Império Romano Oriental, Beroia (sede da província macedónica), século III
  • Ouro
  • Inv. 2428

«Medalhão» romano de Abuquir

No presente anverso figura a cabeça diademada de Alexandre, o Grande, que reinou de 336 a 323 a. C. Trata-se de um retrato póstumo idealizado, no qual se exibem símbolos da divinização de que Alexandre foi objeto. Um desses símbolos é o chifre de carneiro, característico do deus egípcio Ámon. Tal iconografia deriva de tipo monetário introduzido pouco depois da morte de Alexandre por um dos seus imediatos sucessores, o rei Lisímaco da Trácia (247-281 a. C.). No reverso figura uma cena de caça em que um javali acossado por dois cães é atingido pela lança do caçador.

A legenda «Rei Alexandre», à esquerda e em cima, identifica o caçador. O «medalhão» provém de um tesouro encontrado em Abuquir, no Egito, em 1902, o qual incluía vinte peças similares. A designação de «medalhão» é puramente convencional, decorrente da morfologia e das dimensões, já que não é segura a utilização precisa que tais peças tiveram.

Encontrado em Abuquir, 1902; Mme Sinadino, Alexandria; Pierpont Morgan Library, Nova Iorque. Adquirida por Calouste Gulbenkian à Pierpont Morgan Library, Nova Iorque, 1949.

Ø 54 mm; Peso 96,3 g

Lisboa 2001

Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2001, p. 27, cat. 12.

Dahmen 2013

Karsten Dahmen, Medalhões de Abuquir no Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2013.

Atualização em 06 abril 2022

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