No presente anverso figura a cabeça diademada de Alexandre, o Grande, que reinou de 336 a 323 a. C. Trata-se de um retrato póstumo idealizado, no qual se exibem símbolos da divinização de que Alexandre foi objeto. Um desses símbolos é o chifre de carneiro, característico do deus egípcio Ámon. Tal iconografia deriva de tipo monetário introduzido pouco depois da morte de Alexandre por um dos seus imediatos sucessores, o rei Lisímaco da Trácia (247-281 a. C.). No reverso figura uma cena de caça em que um javali acossado por dois cães é atingido pela lança do caçador.
A legenda «Rei Alexandre», à esquerda e em cima, identifica o caçador. O «medalhão» provém de um tesouro encontrado em Abuquir, no Egito, em 1902, o qual incluía vinte peças similares. A designação de «medalhão» é puramente convencional, decorrente da morfologia e das dimensões, já que não é segura a utilização precisa que tais peças tiveram.