- Roma, anterior a 1631
- Gesso patinado, modelo definitivo/original utilizado para as restantes réplicas conhecidas
- Inv. 546
Luta entre o Amor Divino e o Amor Profano
François Du Quesnoy, notabilizou-se com um número de «invenções» em que figuravam maioritariamente crianças de tenra idade. Mantendo-se fiel à corrente classicista, nas suas composições optava por um reduzido número de figuras e pela utilização de um plano único, manifestando um profundo conhecimento da Antiguidade.
Este baixo-relevo, narra três fases de uma ação: a luta entre o amor divino e o amor profano (clímax), motivada pelo arco roubado (prólogo), presenciada por testemunhas e de que resulta um vencedor e um vencido, sendo o vencedor devidamente premiado (epílogo). A história inspirou-se no livro VI dos Immagini de Filostrato, embora Du Quesnoy lhe tenha acrescentado alguns pormenores da sua imaginação.
O baixo-relevo é o meio escultórico que melhor se presta à narrativa sendo, além de mais, adaptável à arquitetura, e por isso os antigos o usaram com tanta frequência nas suas construções.
Coleção Henry Harris. Adquirida por Calouste Gulbenkian a Arthur Ruck, Londres, 11 de dezembro de 1919.
A. 60 cm; L. 105 cm
Fransolet 1942
Mariette Fransolet, François Du Quesnoy, sculpteur d’Urbain VIII, 1597-1643. Bruxelas: Palais des Académies, 1942, p. 186.
Faldi 1959
Italo Faldi, «Le virtuose operationi di Francesco Duquesnoy scultore incomparabile», in Arte Antica e Moderna. Bolonha: Zanichelli Editore, 1959, pp. 52-62.
Freytag 1976
Claudia Freytag, «Neuentdeckte Werke des François du Quesnoy», in Pantheon, III, 1976.
Figueiredo 1999
Maria Rosa Figueiredo, Catálogo de Escultura Europeia, vol. II. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1999, pp. 56-61.
Boudon-Machuel 2005
Marion Boudon-Machuel, François Du Quesnoy (1597-1643). Paris: Arthena, 2005.
Gutmann, s. d.
Elizabeth Gutmann, Frans Duquesnoy «Il Fiammingo» in Rom. dissertação de doutoramento, Viena, Ms.