- Egito, Época Baixa, XXVI-XXX dinastias (c. 380-343 a. C.)
- Bronze
- Inv. 168
Barca solar de Djedhor
Designada como «Barca Solar», e assemelhando-se às primitivas embarcações que circulavam no Nilo, esta insígnia era utilizada em procissões religiosas e em cerimónias de culto. A barca – assente sobre um crocodilo, representando o deus Sobek, símbolo do Nilo – é dedicada a Djedhor, a quem se invoca a proteção dos deuses, conforme as inscrições hieroglíficas gravadas no casco da embarcação e no templo, ao centro. Nela estão ainda representadas outras divindades: as irmãs Ísis e Néftis, guardiãs do templo e protetoras dos mortos; em cima, o deus Hórus, com cabeça e corpo de falcão, protetor da realeza; no interior, Amon-Rá, o deus-sol no seu zénite, a invocar a plenitude da ressurreição de Djedhor. Encontram-se ainda, dentro da barca, uma esfinge real na proa e um timoneiro à popa, também identificado com o doador.
Adquirida por Calouste Gulbenkian, por intermédio de Howard Carter, Sotheby's, Londres, 17 de dezembro de 1924.
A. 31,3 cm; L. 26,3 cm
Assam 1991
Maria Helena Assam, Arte Egípcia. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1991, pp. 90-91.
Lisboa 2001
Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2001, p. 21, cat. 6.
Araújo, 2006
Luís Manuel de Araújo, Arte Egípcia. Colecção Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2006, pp. 132-135, cat. 33.