- Paris, c. 1364
- Mármore
- Inv. 207
A Virgem e o Menino
Atribuída a Jean de Liège, escultor ao serviço do rei francês Carlos V, esta imagem requintada destaca-se não só pela matéria nobre de que é feita – o mármore –, mas também pelo tratamento dos panejamentos do manto de cuja bordadura a ouro ainda restam vestígios. A Virgem e o Menino eram originalmente coroados, apresentando a Virgem incrustações de pedras preciosas.
Esta obra, provavelmente originária da abadia cisterciense de Saint-Antoine-des-Champs, em Paris, ornamentou a fachada de uma padaria, junto a esta abadia, e por isso ficou conhecida pelo nome de Virgem do Padeiro.
A tipologia da Virgem, de proporções alongadas e característico requebro da anca, e a do Menino, que expressa com a mãe uma relação de afetividade, são recorrentes nas obras produzidas na segunda metade do século XIV e inserem-se numa fase de expansão do culto mariano.
Abadia Cisterciense Saint-Antoine-des Champs, Paris (?); Coleção Engel-Gros. Adquirida por Calouste Gulbenkian, por intermédio de Duveen, na venda da Coleção Engel-Gros, Galerie Georges Petit, Paris, 1 junho 1921 (lote 255).
A. 63 cm; L. 20,5 cm; Prof. 13 cm
Figueiredo 1992
Maria Rosa Figueiredo, A Escultura Francesa. Catálogo de Escultura Europeia, vol. I. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1992, pp. 18-23.
Lisboa 2001
Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2001, p. 87, n.º 63.