- Egito, Época Baixa XXVI dinastia (c. 660-610 a. C.)
- Calcário compacto
- Inv. 158
Estátua do funcionário Bés
«Conde e Príncipe, Companheiro de Sua Majestade», conforme se lê na inscrição na base da estátua, Bés está sentado numa posição que foi muito utilizada no Império Antigo (c. 2660-2180 a. C.), no início do Império Novo (c. 1550-1070 a. C.) e, novamente, entre os oficiais ao serviço de Psamético I, entre os quais se conta este cortesão.
Esculpida num calcário compacto de grão muito fino, semelhante ao mármore, a elegância da face estilizada da estátua, com o seu sorriso tímido, contrasta admiravelmente com a solidez do torso e membros, cuidadosamente modelados, com clavículas salientes e acentuada depressão na cavidade torácica. A figura transmite uma sensação de grande serenidade e dignidade, características de uma época de grande harmonia, o chamado renascimento saíta, em que se dá o retorno às primitivas formas do glorioso passado egípcio.
Coleção MacGregor. Adquirida por Calouste Gulbenkian na venda da Coleção MacGregor, Sotheby's, Londres, 8 de julho de 1922 (cat. 1628).
A. 32,2 cm; L. 20,9 cm
Boothmer 1960
B. V. Boothmer, Egyptian Sculpture of the Late Period. Nova Iorque: The Brooklyn Museum, 1960, pp. 34-35, no. 29, pl. 27, figs. 60-61.
Assam 1991
Maria Helena Assam, Arte Egípcia. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 1991, pp. 64-65.
New York 1999
Katharine Baetjer e James David Draper (eds.), «Only the Best». Masterpieces of the Calouste Gulbenkian Museum, Lisbon, catálogo de exposição. Nova Iorque: The Metropolitan Museum of Art, 1999, p. 25, cat. 7.
Lisboa 2001
Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2001, p. 19, cat. 4.
Araújo, 2006
Luís Manuel de Araújo, Arte Egípcia. Colecção Calouste Gulbenkian. Lisboa: Museu Calouste Gulbenkian, 2006, pp. 120-123, cat. 28.