Thomas Linley
Thomas Linley (1756-1778) foi um dos mais precoces compositores e intérpretes de Inglaterra, tendo ficado conhecido como «Mozart inglês». Linley e Mozart eram contemporâneos e tinham exatamente a mesma idade, o que contribuiu para o nascimento de uma amizade entre ambos quando eram adolescentes.
O pai de Thomas, com quem este partilhava o nome, foi também compositor e músico, tendo-se estabelecido em Bath, no Reino Unido, desde muito jovem. Foi tutor dos seus oito filhos, além de ter ensinado música a figuras proeminentes, como o tenor Charles Dignum, a atriz e cantora Anna Maria Crouch e a escritora Frances Sheridan.
Thomas Linley (filho) começou a demonstrar uma grande aptidão para a música desde muito cedo. Aprendiz de William Boyce, que dirigia a orquestra real, tocou em várias salas de espetáculo do país antes de se mudar para Florença, onde estudou violino e composição.
De regresso a Inglaterra, tocou em concertos dirigidos pelo pai em vários oratórios no Theatre Royal, Drury Lane, em Londres. Muitas das suas composições acabaram por se perder num incêndio que decorreu neste teatro, mas aquelas que sobreviveram atestam o seu talento.
Linley perdeu a vida de forma trágica com apenas 22 anos num acidente de barco. A sua morte foi reconhecida como uma perda para a música inglesa.
O músico surge com cerca de 12 anos, acompanhado pela sua irmã Elizabeth, numa gravura da Coleção. Esta obra foi gravada por Norman Hirst a partir de uma pintura de Thomas Gainsborough, que pintou os irmãos mais do que uma vez ao longo das suas vidas, tendo retratado também o pai e a irmã Mary. A pintura original faz parte da coleção americana do Clark Institute of Art, em Massachussets.
Uma Coleção com Histórias
Por onde passaram as obras antes de chegarem às mãos de Calouste Gulbenkian? Quem foram os seus autores e os seus protagonistas? Que curiosidades escondem? Descubra nesta série as várias histórias por trás da coleção do Museu.