Medalhões de Abuquir

São muitas as raridades que o Museu Calouste Gulbenkian possui, mas os onze medalhões de ouro provenientes de um tesouro descoberto no Egito em 1902 constituem um exemplo notável de arte da Antiguidade, bem como uma fonte em primeira mão de iconografia de Alexandre, o Grande. Calouste S. Gulbenkian conseguiu adquirir onze dos vinte medalhões originais, fazendo assim com que Lisboa seja atualmente o principal repositório destas peças. Trata-se dos únicos medalhões do período romano com estas características que chegaram aos nossos dias. Em contraste com outros medalhões de metais preciosos, estes não têm como base um tipo monetário definido, não podendo ser considerados múltiplos de aurei ou solidi correntes.

Pelo contrário, os medalhões de Abuquir apresentam pesos diversos, possuem uma qualidade não monetária variável, e, o mais importante, não são produto de nenhuma cunhagem oficial romana. Além disso, ostentam legendas gregas, e não latinas, referentes ao rei Alexandre, facultando-nos um acesso fascinante a uma linguagem iconográfica extremamente elaborada que nos revela a história e a lenda de Alexandre, o Grande (356-323 a. C.), bem como o apreço de que esta figura foi alvo durante o período romano. De um modo bastante apropriado, o único imperador romano a figurar nestes medalhões é Caracala, ele próprio famoso por uma muito pessoal «alexandromania».


Ficha técnica

Textos:
Karsten Dahmen
Idioma:
Edição bilingue (Português/Inglês)
Coordenação editorial:
João Carvalho Dias com a colaboração de Carla Paulino
Editado:
2014
Páginas:
90
ISBN:
978-972-8848-91-0
Atualização em 09 janeiro 2023

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