Reabre ao público no Museu Calouste Gulbenkian, a partir de 18 de maio, a sala exclusivamente dedicada à produção joalheira e vidreira de René Lalique.
27 abr 2021
O núcleo de obras de René Lalique da Coleção Calouste Gulbenkian integra quase duas centenas de objetos, entre os quais se destacam oitenta e duas joias adquiridas diretamente ao artista pelo colecionador.
A sala exclusivamente dedicada à produção joalheira e vidreira de Lalique conheceu até esta data três instalações: a primeira, por ocasião da inauguração do Museu Calouste Gulbenkian, em 1969; a segunda, na década de noventa; e a terceira, já no ano 2000, no âmbito de um projeto alargado de remodelação do Museu.
Impõe-se agora, passados vinte anos, uma nova intervenção no espaço, capaz de permitir uma releitura integral da produção do mestre, valorizando o seu ideário, as suas múltiplas fontes de inspiração e a reconhecida originalidade das suas criações, que lhe valeram ser conhecido como «o inventor da joia moderna».
Núcleos especialmente idealizados para valorizarem os grandes temas do artista – a natureza exuberante recriada através de materiais inesperados, a representação da figura feminina e as suas múltiplas metamorfoses – sublinharão essa diversidade.
A arte do vidro, que Lalique abraçou exclusivamente a partir de 1912, conhece também uma profunda releitura neste projeto e ilustra uma preocupação desde sempre presente na produção do artista, tanto no período Arte Nova como no período Art Déco: a procura da transparência.
René Lalique, Peitoral «Libélula», França, c. 1897-1898.
Ouro, esmalte, crisoprásio, calcedónia, pedras de lua e diamantes. Museu Calouste Gulbenkian
René Lalique, Diadema «Galo».
França, c. 1897-1898. Ouro, esmalte, chifre e ametista. Museu Calouste Gulbenkian
René Lalique, Diadema «Orquídeas».
França, c. 1903-1904. Chifre, marfim, ouro e citrino. Museu Calouste Gulbenkian
René Lalique, Vaso «Cluny».
França, 1925. Vidro e bronze. Museu Calouste Gulbenkian