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Deméter
Deméter, a “mãe do trigo” (a filha Perséfone era a “menina do trigo”) era a deusa das colheitas e, por extensão, da agricultura e da fertilidade dos campos. Na qualidade de deusa da agricultura fez várias e longas viagens acompanhada de Dioniso, para ensinar aos homens como cuidar da terra e das plantações. Quando Hades, o deus dos Infernos, lhe raptou a filha Perséfone e a levou para o reino subterrâneo, Deméter desesperada decidiu abandonar o Olimpo. Em consequência, a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado partiu-se, os grãos não germinaram.
Deméter é habitualmente representada com tochas ou uma serpente, segurando numa das mãos uma foice, na outra um punhado de espigas e papoilas. Seus atributos são a espiga e o narciso.
A deusa Deméter está sempre representada no anverso dos exemplares da Coleção Gulbenkian e nunca de corpo inteiro. Em moedas cunhadas certamente para custear a reconstrução do templo de Apolo em Delfos, destruído pelo terramoto de 373/2, Deméter apresenta-se com coroa de trigo, tendo Apolo no reverso. Já na moeda do Peloponeso, é Hermes que nos surge no reverso, segurando ao colo o pequeno Dioniso, recordando o grupo de Praxiteles, em mármore, em Olímpia. O jovem deus fora abandonado pela mãe e Hermes entregou-o aos cuidados das ninfas do Monte Nysa. Por último, numa moeda de Bizâncio, sempre com Deméter no anverso, vemos Poséidon sentado sobre rochas no reverso, com os seus símbolos habituais.