Atena, deusa da guerra, da inteligência/sabedoria e das artes. Ao contrário dos anteriores, tem origem minóica, onde era a deusa protetora do palácio, mas foi através dos Micénicos que chegou aos gregos como divindade armada, sua defensora. Era a deusa protetora da cidade de Atenas. É frequentemente associada a um escudo de guerra, à coruja da sabedoria ou à oliveira. Atena também é vista frequentemente segurando em uma das mãos uma pequena imagem de Niké, a deusa da Vitória. Ao que parece, manteve-se virgem durante toda a sua história, por virtude dos deuses do Olimpo a quem pedira para não se apaixonar, o que teria implicado ter filhos e ser obrigada a viver uma vida doméstica, abandonando as guerras.

Atena está representada nas moedas da Colecção Gulbenkian, muitas em exposição permanente, quase sempre no reverso, sentada em trono sem costas, com o braço esquerdo apoiado num escudo decorado com estrela, usando capacete e segurando com a mão direita figura de Niké com asas abertas colocando coroa na primeira letra do nome de Lisimaco (Reino da Trácia, 323-281 a.C.). Nos anversos destas moedas, é sempre representado Alexandre Magno. Encontramos poses diferentes da deusa no anverso de uma moeda de Pamphylia, Kilikia, de c. 360-333 a.C., com Atena de pé, com capacete, escudo e lança, e pairando sobre a sua mão direita, uma Niké segurando coroa e tendo, à esquerda, uma romã. Esta representação pretende ser uma imagem da figura de Atena-Parthenos de Fídias na Acrópole de Atenas. Atena está igualmente representada no reverso da magnífica moeda, cunhada em Siracusa, nos finais do séc.V, com a particularidade da cabeça ser apresentada de frente, e não de perfil, com capacete ornamentado, numa inovação extremamente audaciosa, e três moedas de Atenas, do séc. II-I a.C., desta vez, e de novo, com a cabeça de perfil, numa evocação da estátua de Fídias. No reverso, a coruja, evocativa da sua sabedoria.