Panfília, Perga, c. 253-241 a. C. Prata, 16,19 gr Inv. N1017 rev.

Ártemis

Ártemis era uma deusa associada inicialmente à vida selvagem e à caça. Durante os períodos Arcaico e Clássico era considerada filha de Zeus de Leto e irmã gémea de Apolo. Mais tarde associou-se também à luz da lua e à magia. De origem minóica, está ligada ao culto das árvores. É representada como caçadora, vestida de túnica, calçada de coturno, trazendo aljava cheia de flechas sobre a espádua, um arco na mão e, por vezes, um cão ao lado. O templo de Artémis em Éfeso foi uma das7 maravilhas do mundo antigo.

Nas moedas da Colecção Gulbenkian, Ártemis surge por vezes associada a Apolo mas também a outros deuses ou heróis elevados a deuses, como é o caso de uma moeda do Peloponeso, com cabeça laureada de Atena no anverso e brincos em forma de barco e figura de Hércules nu, no reverso, certamente ocupado com um dos seus doze trabalhos (ver em Hércules). Artémis está associada a Niké nas moedas do Reino de Epiros, cunhadas em Siracusa, a cabeça da deusa no anverso, Niké de corpo inteiro no reverso. Uma moeda de ouro com a cabeça de Artémis no anverso e a estátua de culto de Artémis em Efeso, no reverso, foi cunhada naquela cidade da Ionia. Por fim uma moeda em que Ártemis é representada em ambas as faces: cabeça de perfil no anverso, enquanto deusa caçadora no reverso, com vários dos atavios que a ocupação prevê, vendo-se inclusive a presença de uma corça.

Atualização em 25 julho 2017

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