Deuses do Olimpo na Coleção Gulbenkian

A religião grega tinha um carácter eminentemente social. Era a religião da polis, a cidade-estado dos gregos, feita de práticas externas e colectivas, sem lugar aparente para o culto privado. Em certos dias, todos os cidadãos, indiscriminadamente, reuniam-se diante do templo, dedicado ao deus da cidade, para em conjunto obterem o seu favor para o bem de todos. Os próprios sacerdotes eram magistrados cívicos e toda a cerimónia tinha um carácter oficial.

A sanção divina imprimia autoridade às leis da polis que assim representavam a vontade dos deuses. No entanto, as leis da polis não podiam contrariar os ditames dos deuses, sob pena de graves consequências. Só assim a polis subsistia e prosperava.

Coexistindo com as manifestações oficiais, as correntes místicas, com um carácter secreto, de que importa destacar os Mistérios de Elêusis, o Orfismo e o Culto Dionisíaco, exigiam uma iniciação, após a qual o crente poderia participar nas cerimónias e usufruir dos benefícios prometidos. Não quer isto dizer que elas não fossem acessíveis à maioria dos cidadãos. Nos Mistérios de Elêusis, celebrados anualmente durante quase dois milénios, iniciaram-se primeiro todos os Atenienses, depois os restantes Gregos e, finalmente, até mesmo os imperadores romanos… Para a sua celebração, em finais de setembro, proclamavam-se tréguas sagradas. As únicas limitações colocadas à presença dos iniciados eram o conhecimento da língua grega e não serem culpados de crime de homicídio (“mãos limpas e fala inteligível” segundo a proclamação solene do dia da abertura).

 

Afrodite

Afrodite, deusa do Amor e da Beleza, tem uma origem mais recente. Originária de Chipre, o seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas. As festas em sua honra eram denominadas afrodisíacas e eram celebradas por toda a Grécia. Os seus símbolos incluem a murta, o golfinho, o pombo o cisne, a romã e a lima. Entre os seus protegidos contam-se os marinheiros e os artesãos.

Apolo

O Legalismo define-se como o esforço para conseguir o favor dos deuses através do cumprimento das suas leis, sendo pela primeira vez expresso nos Trabalhos e Dias de Hesíodo. O seu representante máximo é o deus Apolo, que dá a conhecer as suas sentenças através do oráculo de Delfos, de incalculável influência no mundo grego.

Ártemis

Ártemis era uma deusa associada inicialmente à vida selvagem e à caça. Durante os períodos Arcaico e Clássico era considerada filha de Zeus de de Leto e irmã gémea de Apolo. Mais tarde associou-se também à luz da lua e à magia. De origem minóica, está ligada ao culto das árvores.

Atena

Atena, deusa da guerra, da inteligência/sabedoria e das artes. Ao contrário dos anteriores, tem origem minóica, onde era a deusa protectora do palácio, mas foi através dos Micénicos que chegou aos gregos como divindade armada, sua defensora. Era a deusa protectora da cidade de Atenas.

Deméter

Deméter, a “mãe do trigo” (a filha Perséfone era a “menina do trigo”) era a deusa das colheitas e, por extensão, da agricultura e da fertilidade dos campos. Na qualidade de deusa da agricultura fez várias e longas viagens acompanhada de Dioniso, para ensinar aos homens como cuidar da terra e das plantações.

Dioniso

Dioniso está representado em muitas moedas da Coleção Gulbenkian. Seminu, montado num burro, com cântaro de vinho na mão, tipo que tem no reverso folhas de vinha e cachos de uvas, que simbolizam o seu universo.

Hera e Zeus

Hera, mulher de Zeus, era a divindade que presidia aos casamentos. Retratada como ciumenta e agressiva, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos desses relacionamentos, tanto que tentou matar Hércules ainda de tenra idade.

Hércules

Hércules, o maior e mais popular dos heróis gregos era filho de Zeus e Alcmena, uma mortal com quem Zeus tivera uma aventura. Mas para o tornar imortal, Zeus pediu a Hermes que o levasse para junto do seio de Hera quando esta dormia e o fizesse aleitar.

Hermes

Hermes, mensageiro ou intérprete da vontade dos deuses, é o deus dos pastores, protetor dos rebanhos, e dos viajantes. Em sua homenagem foram erguidas estátuas à beira das estradas (hermes). Mais tarde foi também deus do comércio e até dos ladrões.

Zeus

Zeus o deus dos fenómenos atmosféricos e da luz do dia, também chamado o Deus do Firmamento, que preside ao Olimpo. Entre as suas estátuas mais célebres erguidas em sua honra, conta-se a de Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo, há muito desaparecida.

Atualização em 20 março 2018

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