Rainha Vitória

Uma coleção com histórias: em 2020, partilhámos semanalmente uma história sobre a coleção de Calouste Gulbenkian. O mês de maio foi dedicado às histórias de reis e rainhas.
15 mai 2020

Vitória (1819-1901) foi rainha do Reino Unido até à sua morte, com 81 anos. Em 1876, adotou também o título de Imperatriz da Índia. O seu reinado, que ficou conhecido como a era vitoriana, durou 63 anos, sendo o segundo mais longo da história do Reino Unido, apenas ultrapassado pela atual rainha Isabel II.

Herdou o trono aos 18 anos, sucedendo ao seu tio, o rei Guilherme IV. Em 1840 casou-se com o príncipe Alberto, que se tornou um importante conselheiro político. Vitória e Alberto casaram por amor, contrariando os matrimónios por interesse, habituais na monarquia. Grandes amantes das artes, adquiriram várias obras, criando a sua própria coleção. A fotografia, em particular, foi um grande interesse da rainha, que contribuiu largamente para a sua disseminação no Reino Unido.

Após a morte do marido, a rainha isolou-se, perdendo alguma popularidade, que reconquistou durante a segunda parte do seu reinado. Os seus Jubileus de Ouro e Diamante foram momentos de grande celebração no reino.

Vitória terá escrito vários diários durante a sua vida, alguns dos quais foram publicados postumamente, revelando a sua verdadeira influência política. Por todo o mundo, há locais cujos nomes se inspiraram na rainha, como Victoria (British Columbia, Canadá), Regina (Saskatchewan, Canadá), Victoria e Queensland (Austrália) e Victoria (Seicheles).

O Victoria & Albert Museum, em Londres, foi fundado em 1852 e inaugurado pela rainha. Em 1899, quando lançaram a primeira pedra da nova ala do museu, que coincidiu com a última aparição pública da monarca, adotaram o atual nome em honra da rainha Vitória e do príncipe Alberto. Em 1871, a rainha inaugurou o Royal Albert Hall, também em Londres, assim nomeado em memória do seu marido.

Na coleção de Calouste Gulbenkian existem pelo menos duas obras relacionadas com a rainha. A primeira é uma estatueta de criança em bronze, realizada por Aimé-Jules Dalou, réplica de uma das figuras que integravam o monumento dedicado à memória dos netos de Vitória, que morreram muito cedo. Este grupo escultórico, formado por um anjo sentado numa rocha, rodeado por cinco crianças, destinava-se à capela privada da rainha no castelo de Windsor. Tal como era hábito na escultura, Dalou isolou uma das figuras, replicando-a, e Calouste Gulbenkian comprou o seu exemplar em 1922.

Aimé-Jules Dalou, «Estatueta de criança», 1902-1905. Bronze. Museu Calouste Gulbenkian
Aimé-Jules Dalou, «Estatueta de criança», 1902-1905. Bronze. Museu Calouste Gulbenkian

A segunda obra trata-se de uma estatueta em bronze, prata e ónix representando a deusa Vitória, extraída do Monumento ao Jubileu da Rainha. Executada por Alfred Gilbert, esta figura conquistou um estatuto próprio, tendo sido muitas vezes reproduzida em diferentes materiais e escalas. O ramo de palma na mão da figura representa a paz que perdurou durante o reinado de Vitória e a trombeta é uma alusão à sua fama. A estatueta assenta sobre um globo, símbolo do poder imperial do Reino Unido, e foi adquirida por Gulbenkian em 1915.


Uma Coleção com Histórias

Em 2020, partilhámos semanalmente uma história sobre a coleção de Calouste Gulbenkian. Os artigos desta rubrica referem-se à coleção do Museu Calouste Gulbenkian como Coleção do Fundador.

Conhecer outras histórias

 

Definição de Cookies

Definição de Cookies

Este website usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação, a segurança e o desempenho do website. Podendo também utilizar cookies para partilha de informação em redes sociais e para apresentar mensagens e anúncios publicitários, à medida dos seus interesses, tanto na nossa página como noutras.