Alexandre, o Grande
Alexandre III da Macedónia (356-323 a. C.), mais conhecido como Alexandre, o Grande ou Alexandre Magno, governou o antigo reino grego da Macedónia, sucedendo ao seu pai, Filipe II. Durante o seu reinado, criou um vasto império, que ia da Grécia ao Egito e englobava uma parte da Índia.
Pupilo de Aristóteles, Alexandre subiu ao trono com 20 anos, após o assassinato do seu pai. O seu reinado ficou marcado por inúmeras conquistas e batalhas, que nunca perdeu, mesmo quando os seus exércitos se encontravam em menor número, o que contribuiu para o famoso epíteto «o Grande». Culminou com a sua morte na Babilónia, com apenas 32 anos.
Alexandre fundou, reestabeleceu e deu o seu nome a várias vilas e cidades, atualmente nos territórios da Bulgária, da Turquia, da Índia, do Afeganistão, do Paquistão, do Turquemenistão, do Uzbequistão, do Irão, do Tajiquistão, do Golfo da Pérsia e da Síria. Contudo, a mais famosa é provavelmente a cidade de Alexandria, a segunda maior do Egito e, à época, um importante centro da civilização helenística, chegando a conquistar o título de maior cidade do mundo antigo antes de ser ultrapassada por Roma.
Alexandre Magno marcou a cultura erudita e popular desde a sua época até à atualidade. A sua figura foi retratada em esculturas, pinturas, mosaicos, medalhões e moedas, e os seus feitos influenciaram várias culturas. O rei é referido em inúmeros poemas e livros e há quem acredite que a figura Dhul-Qarnayn, mencionada no Alcorão, se trata de Alexandre. Mais recentemente, Alexandre tem inspirado filmes e mesmo na música.
Em 1949, Gulbenkian comprou 11 medalhões de um conjunto de 20 encontrado em Abuquir, no Egito. Sete deles retratam Alexandre, o Grande, e dois apresentam o retrato da sua mãe Olímpia. Além destes medalhões, Gulbenkian adquiriu ainda várias moedas com o retrato do rei e na sua coleção de gemas há alguns exemplares cujos traços do retratado se assemelham a Alexandre, embora não se conheçam composições semelhantes que permitam corroborar essa hipótese.
Uma Coleção com Histórias
Em 2020, partilhámos semanalmente uma história sobre a coleção de Calouste Gulbenkian. Os artigos desta rubrica referem-se à coleção do Museu Calouste Gulbenkian como Coleção do Fundador.
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