Escola de Verão 2022

Museus e Comunicação

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A Escola de Verão do Museu Gulbenkian é um espaço livre para o debate, conhecimento e partilha de experiências.

Depois do sucesso da primeira edição, regressamos com o tema Museus e Comunicação.

Entre os dias 21 e 23 de setembro, especialistas nacionais e internacionais debatem várias problemáticas associadas a este tema: Qual o papel das tecnologias? De que forma pode o trabalho de investigação ser transmitido ao público? Qual a importância do marketing e das redes sociais? Que novas possibilidades podem ser proporcionadas por um mundo cada vez mais online?

Neste evento reunimos diversas perspetivas e abordagens, convidando ao diálogo entre os conferencistas e os participantes.


TRANSMISSÃO

Sessão 21 set

Sessão 22 set

Sessão 23 set


Programa

17:30   Abertura

Guilherme d’ Oliveira Martins, Fundação Calouste Gulbenkian

Qualidade, ritmo, comunicação: a «marca» de um Museu

António Filipe Pimentel, Museu Calouste Gulbenkian, Fundação Calouste Gulbenkian

O Museu no seu Contexto

18:00   Como comunicar a História de um Museu?

Como é que os museus consideram e trabalham a comunicação da sua própria história? As histórias de um museu são várias: da instituição; das coleções e dos colecionadores que estão na sua génese; da arquitetura. Algumas destas histórias estão omitidas do discurso museológico por acidente, outras de propósito.

Até que ponto estas história(s) diversas nas suas origens e nos seus conteúdos deverão estar presentes nos percursos do visitante, possivelmente enriquecendo a sua experiência? 

Transformar a coleção dos Burrell na Coleção Burrell

Martin Bellamy, Glasgow Museums

Antonis Benakis como colecionador de arte islâmica, a criação do Museu Benaki e a sua relevância atual

Mina Moraitou, Museu Benaki, Atenas

Museu que não era Museu: o CAM e a Coleção Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian

Benjamin Weil, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian

Moderação: 

João Carvalho Dias, Museu Calouste Gulbenkian, Fundação Calouste Gulbenkian 

19:15   Debate

Comunicar Investigação

10:00   Como comunicar as funções e transformações dos objetos?

Os Museus são instituições descontextualizadoras, transformando o estatuto do objeto e, até, desvinculando-o de informações relativas à sua condição pré-musealização. Novas estratégias têm revertido esta tendência, promovendo abordagens em torno dos processos de criação/produção de um objeto e de recontextualização da sua funcionalidade e significado originais. 

Seja in situ  ou em plataformas digitais, alguns dos processos de investigação procuram revelar ao visitante não-especializado essa transformação, divulgando o que é o exercício alargado da conservação e do restauro e a sua comunicação. 

Interpretação no V&A: uma ponte entre o público e o sentido

Bryony Shepherd, Victoria and Albert Museum, Londres

O jogo de espelhos. A Mesa Real e as muitas faces do objeto musealizado 

Cristina Neiva Correia, Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa

Operação Ronda da Noite: projeto de investigação integrado e de grande escala sobre a obra-prima de Rembrandt, A Ronda da Noite  

Katrien Keune, Rijksmuseum, Amesterdão

Moderação: 

André Afonso e Rui Xavier, Museu Calouste Gulbenkian, Fundação Calouste Gulbenkian

11:20   Pausa

11:50   Debate

12:30   Almoço

14:00   Catálogos científicos, que futuro?

A pandemia e o período pós-pandémico aceleraram a discussão em torno da divulgação da investigação científica através da publicação de catálogos de coleção ou de exposição. 

Como podem estas publicações de formato tradicional sobreviver no mundo das redes sociais e da informação descartável? Como competir com as formas mais rápidas e diretas de acesso à informação online, instantânea e permanentemente atualizável? 

Até que ponto, nos museus contemporâneos, se justificam o tempo e o custo de produção destes materiais relativamente à procura desta forma de divulgação, necessariamente direcionada para um público mais restrito?

Catálogo de exposição, uma obra científica. O caso do Museu Marmottan Monet

Marianne Mathieu, Musée Marmottan Monet, Paris (participação online)

O Projeto Riesener online – Comunicar a investigação

Jürgen Huber, The Wallace Collection, Londres

Assegurar a perenidade num mundo de informação descartável: os catálogos científicos das grandes exposições

Duarte Azinheira, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa

Moderação: 

Ana Maria Campino e Clara Serra, Museu Calouste Gulbenkian, Fundação Calouste Gulbenkian

15:15   Debate

15:35   Pausa

16:00   Comunicar o Global no Local: coleções históricas de arte do «outro» e diásporas contemporâneas

À medida que os museus assumem cada vez mais o papel de agentes de mudança, os seus conteúdos e métodos de comunicação exigem uma reavaliação crítica. Essa realidade é especialmente evidente em museus que acolhem coleções históricas produzidas pelo comummente chamado «outro» (na perspetiva do Global). Se falar em nome de «outros» artistas já foi outrora a norma, hoje as comunidades resultantes da diáspora exigem uma voz na forma como o seu património é partilhado nos lugares que habitam e que chamam de «casa». 

Este painel reúne as perspetivas de museus que têm vindo a inovar formas de comunicação com o contexto Local, abrindo espaços de reflexão, de diálogo e de debate que permitem promover a tolerância, o conhecimento e a compreensão mútua. Ouvir é fundamental, mas como são estes valores comunicados em intervenções nas galerias de exposição, em conteúdos digitais e através da programação? 

As culturas islâmicas sob outro prisma através de um projeto nacional original do Museu do Louvre

Yannick Lintz, Museu do Louvre, Paris

Sala Colonial. Projeto artístico e educativo

Alexandra Falcão, Museu de Lamego

Histórias sem fim: (re)imaginar narrativas baseadas em coleções através de um olhar contemporâneo

Jay Xu, Asian Art Museum of San Francisco (participação online

Moderação: 

Jessica Hallett, Museu Calouste Gulbenkian, Fundação Calouste Gulbenkian

17:20   Debate

O Futuro é Híbrido?

10:00   A imagem do Museu. Entre identidade e «marca», que desafios? 

O marketing é, nos nossos dias, indissociável da vida dos museus. Num museu de arte é expectável que a imagem tenha um papel central na comunicação da coleção. Partindo da premissa que o marketing de qualidade assenta numa comunicação eficaz, importa saber, para as instituições museológicas, quais as mensagens e imagens que convém passar aos públicos, de que forma, com que regularidade, e através de que conteúdos. A «marca», largamente debatida hoje nos museus, é também um aspeto relevante nesta discussão, já que suscita uma reflexão constante sobre a qualidade que se pretende associada ao museu pensado como produto de divulgação e de democratização do conhecimento.

We mean business: Marca e Museus

Nuno Prego, Marketing, Sistemas e Transformação Digital, Fundação Calouste Gulbenkian  

Comunicar é sempre traduzir. Com empatia

Paula Moura Pinheiro, RTP – Rádio e Televisão de Portugal 

«Se é cada coisa para seu lado ou isto anda tudo ligado?» 

Rui Silvestre, Atelier Joana Vasconcelos, Lisboa 

Marca ou conteúdo? Desafios na Era do Ruído

Elisabete Caramelo, Comunicação, Fundação Calouste Gulbenkian  

Moderação: 

Luísa Sampaio, Museu Calouste Gulbenkian, Fundação Calouste Gulbenkian 

11:35   Pausa

11:55   Debate

12:30   Almoço 

14:00   Tecnologia, ator secundário? 

Vivemos numa era em que a tecnologia está em toda a parte, no trabalho e lazer, pondo à nossa disposição – através, por exemplo, de um simples telefone portátil – uma poderosa ferramenta de comunicação de enormes potencialidades. No campo dos Museus a tecnologia pode apoiar, como auxiliar, a visita, fornecendo toda a informação complementar à que está disponível fisicamente ao público no Museu, e pode fazê-lo quer ajudando à preparação da visita, quer fornecendo os conteúdos relevantes durante a visita. O papel e o formato da informação disponível fisicamente ao público no Museu também merece alguma reflexão: o que é de menos ou demais?

Por outro lado, há aspetos da relação com o autêntico nas coleções museológicas que são hoje desafiados: a necessidade das novas peregrinações culturais para estar perante o único na visita física ao Museu é ainda hoje tão relevante, na era dos NFTs? Ambiguidades e contradições do público, que muitas vezes oscila entre ver o tal único e autêntico, ou ver-se perante o mesmo: descoberta ou vaidade?

Nós, como Futuro! Histórias de ontem e de hoje! 

Paulo Celso Monteiro, Glorybox, Portugal

A importância da «autenticidade»: sobre o valor digital. Coleções, Exposições, Museus

Maurizio Quagliuolo, Sapienza Università di Roma

O poder do autêntico em confronto com as tecnologias da experiência direta: o caso do Museo Chileno de Arte Precolombino 

Benjamin Ballester, Museo Chileno de Arte Precolombino, Santiago do Chile 

Moderação: 

Jorge Rodrigues, Museu Calouste Gulbenkian, Fundação Calouste Gulbenkian

15:15   Pausa

15:35   Debate

16:00   Nestes tempos difíceis. Comunicar a instabilidade, a mudança e a resiliência

Na última década, os museus têm sido chamados a responder institucionalmente a momentos de mudança em contexto local, nacional ou internacional. Sejam essas mudanças uma reflexão do movimento «do arco do universo moral para a justiça» citado por Martin Luther King ou a manifestação inesperada de circunstâncias imprevisíveis, estes momentos de mudança requerem escolhas específicas em termos de agência, linguagem e tom por parte dos museus.  

Será a comunicação em tons e vocabulários diversos, e até dissonantes, preferível a uma comunicação unidirecional e institucional?

Este painel reúne museus que foram chamados a gerir momentos de mudança, e não só a responder com esperança, mas a serem eles próprios agentes de mudança.

Museu Sursock: uma história de devastação e reconstrução  

Tarek Mitri, Museu Sursock, Beirute

Museu enquanto Templo vs. Museu enquanto Fórum 

Adjoa Jones de Almeida, Brooklyn Museum, Nova Iorque

Museus e Comunicação: sinergias para o futuro. Quem tem a palavra? 

Patrícia Remelgado, Pportodosmuseus.pt, Portugal

Moderação: 

Inês Fialho Brandão, Museu Calouste Gulbenkian, Fundação Calouste Gulbenkian

17:15   Debate

17:45   Encerramento

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