Encontro com a Banda Desenhada
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Biblioteca de ArteA partir da então apelidada «banda-desenhada de vanguarda» de Eduardo Batarda, O Peregrino Blindado (the blind penguin), As Aventuras do Dr. Bronstein – Proezas do Unfriendly Kid e Outras, publicada em 1973 pela Livraria-Galeria 111, de Manuel de Brito, em Lisboa, este Encontro derivará para as influências recíprocas entre a BD, a ilustração e as artes visuais em Portugal durante a década de 1960 e nos anos que antecedem e imediatamente sucedem à revolução do 25 de Abril de 1974. Outros exemplos de obras apresentadas na exposição Pós-Pop: Fora do lugar-comum, como os cartazes do 25 de Abril de Vespeira, Artur Rosa e João Abel Manta, ou as ilustrações deste último artista para o livro Dinossauro Excelentíssimo de José Cardoso Pires (publicado em 1972), servem também de mote ao desenvolvimento do tema.
Esta conferência faz parte de um ciclo de encontros realizado no âmbito da exposição Pós-Pop. Fora do lugar-comum.
Intervenientes: João Paiva Boléo, António Jorge Gonçalves e Jorge Silva
João Paulo Paiva Boléo
Licenciou-se em direito com especialização em ciências documentais. Na área da banda desenhada, tem um percurso dedicado ao estudo, investigação, crítica, divulgação, formação, organização de exposições, etc. É crítico/colaborador do jornal Expresso desde 1988 e autor de artigos em diversas publicações, sendo um dos responsáveis pela organização da reedição de alguns dos autores clássicos da BD portuguesa, como Stuart Carvalhais, Cottinelli Telmo, Carlos Botelho, Sérgio Luiz ou Fernando Bento. Comissariou, em colaboração, diversas exposições e foi coautor dos respetivos catálogos em instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian/CAMJAP (1997 e 2000), a Bedeteca de Lisboa, o Centre Belge de la Bande Dessinée, em Bruxelas (com catálogo sobre a história geral da BD portuguesa editado pela Bedeteca em português e francês), o Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem, em eventos como Coimbra Capital Nacional da Cultura e Comemorações do Centenário da República e com o Festival da Amadora. Como conferencista ou colaborador, participou em colóquios e festivais em Portugal e no estrangeiro e foi membro do Grand Jury do Festival de Angoulême (1998), assim como de diversos outros júris de concursos nacionais de BD. Colabora com a atual DGLAB, nomeadamente na atribuição de bolsas de criação literária. Tradutor de O Segredo de Coimbra, de Étienne Schréder.
António Jorge Gonçalves (Foto: Jorge Colombo)
Licenciou-se em design de comunicação e fez mestrado em Theatre Design. É autor de novelas gráficas pelas quais foi premiado no Festival Internacional de BD da Amadora. Tem colaborado com escritores – Nuno Artur Silva, Rui Zink ou Ondjaki– na criação de livros onde texto e imagem se relacionam de forma inovadora. Fez direção visual em peças de teatro. Com o desenho digital em tempo real e a manipulação de objetos em retroprojetor tem criado diversas espetáculos com músicos, atores e bailarinos em Portugal, França, Alemanha, EUA, Japão e Itália. Com o projeto Subway Life, percorreu o mundo desenhando pessoas no metro. Publica semanalmente cartoon político nas páginas do Inimigo Público (jornal Público), tendo sido distinguido no World Press Cartoon e visto os seus desenhos serem publicados no Le Monde, Courrier International em coletâneas internacionais. Foi distinguido em 2014 com o Prémio Nacional de Ilustração (DGLAB) pela obra Uma Escuridão Bonita (com Ondjaki). Foi docente no IADE, na RESTART e na Universidade Nova de Lisboa. Integrou o projeto pedagógico 10x10 da Fundação Calouste Gulbenkian.
Jorge Silva
É um designer de comunicação dedicado essencialmente ao design editorial e à direção de arte de publicações. Foi diretor de arte dos jornais Combate e O Independente e dos suplementos que desenhou para o jornal Público, Y e Mil Folhas. Jorge Silva tem dezenas de prémios da The Society for News Design americana pelo seu trabalho de direção de arte nestes dois jornais. Dirigiu várias revistas, como a 20 Anos, Ícon, LER e LX Metrópole, da Parque Expo. Esta última originou, em 2001, a criação do ateliê Silvadesigners, que se tem dedicado ao branding cultural, sobretudo relacionado com a vida cultural lisboeta. Neste contexto, faz a direção de arte das revistas Agenda Cultural de Lisboa, Adufe e Blimunda. Durante três anos ocupou as funções de diretor de arte do Grupo Editorial Leya e, de 2015 a 2016, foi consultor artístico da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Nos últimos anos tem lecionado direção de arte em mestrados da Faculdade de Belas Artes do Porto e tem-se dedicado à investigação e curadoria nas áreas do design e ilustração. É responsável pelo conceito e edição da Coleção D, publicada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, sobre designers históricos e contemporâneos portugueses. Criou o blogue Almanaque Silva, onde conta histórias da ilustração portuguesa. É membro da AGI – Alliance Graphique Internationale, desde 2012.