Desenho no Museu
Oficina de desenho
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Galeria Principal Museu Calouste GulbenkianAs oficinas de desenho no Museu propõem a exploração de questões centrais ao ato de desenhar. Em cada sessão, a artista Catarina Dias introduz temáticas diferentes, desde pesquisas a que os artistas se debruçaram em vida, temas centrais à história da arte ou características específicas da obra que está a ser observada. Estas temáticas servem de inspiração para o ato de desenhar e para a compreensão das obras do Museu Calouste Gulbenkian.
Os participantes devem trazer os seus materiais de desenho.
Programa
O reflexo ou a imagem instável
O reflexo de uma imagem na água é sempre algo inquietante. Talvez seja por revelar a sua própria instabilidade.
Nesta sessão iremos trabalhar uma obra de Claude Monet, poeta visual que soube captar esta instabilidade imbuída no ato de pintar e desenhar.
Prelúdio de uma tarde de Verão
A obra através da qual iremos trabalhar nesta sessão transmite-nos uma temporalidade que contrasta com a forma como foi pintada, o que é certo é que ambos os tempos se encontram harmoniosamente nesta pintura.
Existe uma relação temporal intrínseca no desenho. Esta conjugação de tempos é algo que podemos observar na pintura que vamos trabalhar nesta sessão.
Através da sua observação vamos trabalhar sobre estas noções ao mesmo tempo que exploramos uma aproximação mais gestual do desenho.
Paisagem atmosférica
Nesta sessão iremos trabalhar sobre três paisagens de Corot.
Jean-Baptiste Camille Corot é um dos artistas de paisagem mais significativos do século XIX, e, de Barbizon até ao Impressionismo, podemos apreender a sua influência. Através das suas características mais marcantes, como a perspectiva atmosférica e o tratamento cada vez mais subtil entre luz e sombra, vamos também nós imergir nestas paisagens, através da prática do desenho.
O Retrato de Sara
É sempre interessante observar um retrato europeu do século XVII - um século em que este género de pintura assume grande relevância - e tentar perceber o que está de facto a ser retratado.
Será a pessoa, enquanto ser único e individual? Ou será o seu contexto, ou mais especificamente a sua classe social? Nesta sessão vamos explorar vários aspetos do retrato, através do desenho.
Texturas
Ao desenhar estamos a reagir a cada superfície e textura, a perceber as linhas essenciais de uma composição. Muitas vezes temos de desconstruir e reconstruir uma imagem.
Vamos nesta sessão explorar todos estes aspectos através de uma sequência de exercícios de desenho, partindo de um retrato de corpo inteiro feito no século XVII, onde diferentes texturas ganham destaque.
A leveza de um passo
Continuando a trabalhar sobre a figura humana de corpo inteiro, desta vez numa escultura emblemática da coleção de Calouste Gulbenkian.
Vamos nesta sessão explorar a ideia de suspensão, que está inevitavelmente ligada à ideia de movimento, aproveitando para trabalhar sobre proporções, e composição.
Um instante de uma paisagem
Nesta sessão vamos desenhar a partir da observação de uma pintura impressionista. Através desta pintura vamos ver como a nossa percepção se vai alterando à medida que vamos desenhando. Vamos explorar uma linguagem de traços lineares e tonais, originando uma trama onde exploramos o gesto que responde a cada instante.
O que desenhar primeiro?
Num retrato repleto de temas onde cada elemento pede uma atenção meticulosa, vamos explorar a ideia - o que desenhar primeiro?
Vamos trabalhar a construção do desenho, os seus vários planos, ao mesmo tempo que estamos a fazer um retrato.
Um cupido ferido
Por vezes o ato de desenhar pode se assemelhar à tarefa de um detetive. Começamos por observar aquilo que encontramos, e as perguntas vão surgindo à medida que nos aproximamos. Tomamos nota de pormenores, que nos abrem possíveis caminhos para entender a composição. As pistas vão-se revelando quanto maior for a nossa atenção e curiosidade.
Pontos de focagem
Nesta sessão vamos dedicar a nossa atenção a uma escultura do século XVIII francês. Esta obra tem uma particularidade interessante, pois inicialmente fez parte de um conjunto escultórico com outras figuras, e o artista decidiu isolar e fazer dela uma escultura independente. Podemos encontrar neste processo algo que também fazemos quando desenhamos: isolar um pormenor, a que damos toda a atenção.
Ficha técnica
Conceção e orientação
Catarina Dias